Author(s): Silva, Ilisete Santos da
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/2436
Origin: Escola Superior de Educação João de Deus
Subject(s): Sobredotado; Necessidades educativas especiais; Insucesso escolar
Author(s): Silva, Ilisete Santos da
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/2436
Origin: Escola Superior de Educação João de Deus
Subject(s): Sobredotado; Necessidades educativas especiais; Insucesso escolar
Hoje em dia, assiste-se a um crescente interesse pelos vários grupos de crianças portadoras de Necessidades Educativas Especiais. Nas escolas, existem as crianças que sofrem de deficiência (visual, auditiva, motora, mental) e que têm dificuldades de adaptação escolar. Para estas, existem vários apoios regulados pelo Decreto-Lei nº 3/2008, de 07 de Janeiro. Porém, no processo educativo e a nível da legislação, existe um grupo mais esquecido entre todas elas: as crianças sobredotadas e talentosas. Estas têm necessidades específicas e, como tal, são portadores de Necessidades Educativas Especiais. Muitos destes jovens passam despercebidos na escola por falta de estruturas de identificação e acompanhamento. Muitos são apenas percebidos como hiperactivos, ansiosos, frustrados, desinteressados, indisciplinados, incómodos, em conflito com o próprio ensino que não corresponde às suas expectativas. Sendo assim, estas crianças sofrem igualmente com as dificuldades escolares e são vítima do insucesso escolar, como tantas outras inseridas nas nossas escolas. Sofrem com o modelo escolar que lhes é proposto e com a falta de legislação existente. Elas são diferentes e como tal, necessitam de um atendimento específico e de uma justa e efectiva igualdade de oportunidades. Por isso, a escola deve criar condições para desenvolver as potencialidades das crianças sobredotadas, criar ambientes criativos, desenvolver estímulos, criar recursos, dar oportunidades e um atendimento diferenciado em função das suas características e necessidades individuais. Com o Despacho Normativo nº 50/2005, de 20 de Outubro e a criação dos Planos de Desenvolvimento que criam condições para a expressão e desenvolvimento das capacidades excepcionais das crianças sobredotadas, começou a existir, em Portugal, uma preocupação com o seu atendimento. Porém, com o estudo realizado, chegou-se à conclusão que as medidas educativas junto às crianças sobredotadas não são adequadas e a intervenção educativa na sobredotação é, não só insuficiente, como também quase inexistente. Sendo assim, há, ainda, um longo caminho a percorrer na identificação, no apoio e na intervenção destes alunos.