Author(s):
Pacheco, Andreia Sofia Marreiros
Date: 2018
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/27925
Origin: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Subject(s): Enfermagem em reabilitação; Acidente vascular cerebral; Reabilitação; Deglutição; Disfagia; Fenomenologia
Description
Na sociedade atual o Acidente Vascular Cerebral (AVC) surge como uma das principais causas de morte e de incapacidade, onde a disfagia é uma das principais alterações decorrente do AVC. Esta define-se como sendo a dificuldade ou impossibilidade de engolir e apresenta diversas complicações como: desnutrição, desidratação, hospitalização prolongada, complicações pulmonares por aspiração de saliva e/ou alimento e morte. A disfagia pode ser evidenciada pela presença dos seguintes sinais: tosse, regurgitação nasal, fala nasalizada, emagrecimento e acúmulo de resíduo na cavidade oral. O presente estudo tem como questão de investigação: quais as intervenções de enfermagem que o Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) utiliza para promover a alimentação da pessoa com disfagia por Acidente Vascular Cerebral? E tem como objetivo compreender quais as intervenções por parte do EEER, à pessoa com disfagia decorrente de AVC, com vista à promoção da sua alimentação. Este é um estudo qualitativo com uma abordagem fenomenológica, onde foram colhidos dados de cinco participantes com recurso à realização de entrevistas semi-estruturadas, posteriormente, analisadas com recurso ao Método Fenomenológico de Investigação em Psicologia, de Giorgi e Sousa (2010). Os resultados do estudo evidenciam que a intervenção do EEER incute uma melhoria nos cuidados prestados através da realização de uma correta avaliação e do uso de técnicas promotoras da alimentação. No campo da avaliação destaca-se o uso de instrumentos, nomeadamente a escala GUSS, a escala de MASA e a escala adaptada de MASA. As técnicas descritas pelos participantes para promover a alimentação são: realização correta da higiene oral, alteração da consistência alimentar, técnica postural, realização de exercícios orofaciais, estimulação sensitiva e motora, estimulação térmica e tátil, massagem, reeducação funcional respiratória, aumento do número de deglutições e aplicação de manobras facilitadoras da deglutição.