Author(s): Simões, Andreia Filipa Dâmaso
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/5101
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Toxoplasma gondii; Catanina
Author(s): Simões, Andreia Filipa Dâmaso
Date: 2013
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/5101
Origin: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Subject(s): Toxoplasma gondii; Catanina
Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Biologia Molecular em Saúde
O Toxoplasma gondii (T.gondii) é um parasita intracelular protozoário pertencente ao filo Apicomplexa, é responsável pela toxoplasmose, a causa mais comum de deficiências neurológicas congénitas em humanos. Deste filo fazem parte membros como o Plasmodium falciparum o agente etiológico da malária em humanos, Besnoitia babesia e Theileria, parasitas que invadem animais de quinta como o gado. Os mecanismos de invasão deste protozoário ainda não estão bem esclarecidos, sabendo-se que o seu citoesqueleto desempenha um papel importante durante a sua invasão na célula hospedeira. Os mecanismos moleculares adjacentes ao processo de invasão das células hospedeiras parecem ser conservados entre os parasitas deste filo. Os microtúbulos são os principais constituintes do citoesqueleto celular. São regulados por três tipos de proteínas: as estabilizadoras, as motoras e as desestabilizadoras. A proteína em estudo é uma proteína desestabilizadora dos microtubulos, a catanina (subunidade catalítica p60). A catanina atua nos microtúbulos de uma forma específica, exercendo a sua função preferencialmente em microtúbulos com modificações pós-traducionais (PTMs), impedindo que estas se acumulem nos microtúbulos, como é o caso da glutamilação e da acetilação da tubulina. Os microtúbulos constituintes do citoesqueleto do protozoário em estudo são ricos em PTMs e estas parecem estar relacionadas com a grande estabilidade destas estruturas. Uma vez que estes microtúbulos altamente modificados são remodelados durante o processo de invasão por T. gondii, propomos estudar o papel da catanina durante este processo. Desta forma, clonámos o cDNA da catanina em fusão com a proteína GFP e com um domínio desestabilizador que permite controlar os níveis de expressão dentro da célula. Essa construção foi inserida dentro de T. gondii por eletroporação, com o objetivo de avaliar o efeito da sobre-expressão da catanina. A construção de DNA foi integrada com sucesso no genoma de T. gondii e a proteína de fusão foi produzida. Apesar de ainda ser necessário analisar se esta proteína apresenta o tamanho correto e se está funcional, numa primeira abordagem, os parasitas a sobre-expressar a catanina foram capazes de invadir a célula hospedeira e não se observou danos nos microtúbulos glutamilados. De qualquer forma, estes resultados são preliminares e ainda é necessário prosseguir com a caracterização da função da catanina de T. gondii.