Author(s): Campos, Tânia Emília
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9310
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Dor; Criança
Author(s): Campos, Tânia Emília
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9310
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Dor; Criança
A dor, seja em que grupo etário for, deve ser valorizada, avaliada e tratada como uma prioridade no atendimento. Apesar da dificuldade da sua avaliação em pediatria, os profissionais de saúde devem reunir os conhecimentos adequados para a sua resolução. O presente estudo está direccionado para a valorização da dor na criança/adolescente em contexto de urgência. A abordagem descritiva seleccionada para orientar este estudo, relaciona-se com o propósito do estudo, analisando assim as práticas dos enfermeiros face às dificuldades na avaliação da dor em contexto de urgência, bem como à sua valorização. A colheita de dados foi feita através do recurso à entrevista semi-estruturada. O cenário da pesquisa foi o HSMMB e os participantes foram seleccionados mediante a formação profissional e o tempo de experiência profissional. A amostra foi assim aleatória e intencional composta por dez enfermeiros que exercem funções na urgência pediátrica do HSMMB. Relativamente aos objectivos inicialmente propostos constatou-se que todos os enfermeiros valorizam a dor na criança/adolescente em contexto de urgência, contudo essa valorização não se traduz em práticas adequadas e consequente tratamento da dor. A avaliação da dor é feita quase que intuitivamente e mediante a observação do comportamento da criança, e não com recurso ao uso de escalas de avaliação adaptadas à idade. Na criança que não verbaliza a dor e no lactente, a falta de conhecimentos dos profissionais e a subjectividade da dor são alguns dos factores que dificultam o processo de avaliação. Os participantes inquiridos reconhecem que os pais podem influenciar positiva ou negativamente a avaliação da dor na criança/adolescente em contexto de urgência. É referido que para além das manifestações comportamentais ou fisiológicas de dor na criança, os pais são também um alerta desse estado doloroso. Outros referem que dada a ansiedade parental, eles tendem a exacerbar a dor dos próprios filhos, o que pode condicionar a avaliação feita por parte dos enfermeiros. O próprio espaço físico e ambiente em que se encontram as crianças são factores dificultadores da avaliação da dor. Neste sentido podemos concluir que existe um longo caminho a percorrer para que se melhorem os cuidados prestados à criança com dor em contexto de urgência. A melhoria da prestação de cuidados passa pelo correcto uso de escalas de avaliação da dor, bem como um maior investimento na formação nesta área.