Author(s): Gonçalves, Glória Cristina
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9367
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Traqueostomia; Qualidade de vida
Author(s): Gonçalves, Glória Cristina
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9367
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Traqueostomia; Qualidade de vida
A presença de uma traqueostomia provoca alterações não só a nível físico, mas também a nível psicológico, social, económico e laboral que afetam a qualidade de vida do indivíduo. Os efeitos da traqueostomia estão para além do procedimento em si. Este estudo tem como objetivos: descrever a perceção da qualidade de vida da pessoa com traqueostomia; conhecer a sua perceção sobre a autoeficácia; conhecer a satisfação com os cuidados de saúde e descrever os fatores que influenciam a qualidade de vida da pessoa com traqueostomia. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com uma amostra não probabilística e de conveniência, constituída por 100 pessoas portadoras de traqueostomia, que recorreram às consultas de otorrinolaringologia de quatro instituições de saúde do grande Porto, e que responderam ao questionário sobre qualidade de vida da pessoa portadora de traqueotomia desenvolvido pela UNIESEP da Escola Superior de Enfermagem do Porto. Tiveram como critérios de inclusão na amostra: a presença de traqueostomia há pelo menos um mês, com idade superior a 18 anos, a capacidade para responderem ao questionário e aceitarem participar no estudo. A amostra apresenta um score global médio de qualidade de vida de 3. Os valores situam-se entre o valor 2 da subescala satisfação com a comunicação e 4,60 da subescala satisfação com os cuidados de saúde. Quanto maior é a escolaridade maior é a satisfação com a comunicação assim como a autoeficácia no cuidado com a traqueostomia. A qualidade de vida da pessoa com traqueostomia e a subescala satisfação das necessidades básicas de vida são favorecidas muito significativamente com o tempo decorrido após a cirurgia. O tempo influencia muitíssimo significativamente as subescalas qualidade de vida e saúde e a satisfação com a comunicação. Os portadores de traqueostomia definitiva, apresentaram melhor satisfação das necessidades básicas de vida comparativamente aos portadores de traqueostomia temporária. As pessoas submetidas a traqueostomia programada e sem complicações apresentaram melhor qualidade de vida e saúde. Como tipo de comunicação, a oclusão do orifício da traqueostomia revelou-se mais favorável à qualidade de vida e saúde em relação à fala esofágica. As subescalas qualidade de vida e saúde e autoeficácia no cuidado com a traqueostomia são favorecidas pelo recurso à terapia da fala. O conhecimento da Associação Portuguesa dos Limitados da Voz é favorável à qualidade de vida e saúde e também à autoeficácia no cuidado com a traqueostomia. O recurso à Associação Portuguesa dos Limitados da Voz também é favorável à autoeficácia no cuidado com a traqueostomia. A traqueostomia tem um profundo impacto na qualidade de vida. A avaliação da QdV da pessoa com traqueostomia permite a escolha das estratégias de intervenção mais eficazes e ao mesmo tempo melhorar os cuidados de enfermagem. O QQVPT é um instrumento útil que deve continuar a ser desenvolvido em estudos posteriores, no sentido de melhorar a atividade diagnóstica de enfermagem.