Author(s): Encarnação, Rúben Miguel
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9488
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Doença oncológica; Autogestão da doença; Suporte social
Author(s): Encarnação, Rúben Miguel
Date: 2014
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9488
Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Subject(s): Doença oncológica; Autogestão da doença; Suporte social
Hoje sabe-se que as doenças crónicas são e serão um dos grandes problemas do sistema de saúde, não só porque o seu número continuará a aumentar, mas também porque envolvem uma série de custos para os sistemas de saúde e acima de tudo para o próprio utente. A doença oncológica surge como uma doença sem cura, com a qual é preciso “aprender a viver” e, como tal, é necessário que as pessoas adquiram competências e habilidades para a gerir. Neste contexto, pretendeu-se estudar de que forma é que o enfermeiro, enquanto agente do suporte social formal, pode ter um papel mais importante na promoção da autogestão na doença oncológica. Foi conduzida uma revisão sistemática da literatura de estudos publicados entre setembro de 2004 e março de 2013, presentes nas bases de dados CINAHL Plus with Full Text e MEDLINE with Full Text. Todo o processo de realização deste estudo teve como ponto de partida um protocolo de revisão, com o intuito de definir claramente a metodologia a aplicar. Este protocolo incluiu a formulação da questão de investigação, a definição dos critérios de inclusão e exclusão como forma de orientar a pesquisa, a estratégia de pesquisa, o procedimento de seleção dos estudos, o método de avaliação da qualidade metodológica e o procedimento de extração de dados. Os estudos foram analisados por dois revisores de forma independente, sendo consultado um terceiro investigador em situações de discordância entre os dois primeiros. Dos 953 artigos identificados, apenas 10 foram incluídos nesta revisão. Destes, nove apresentaram qualidade metodológica elevada e um qualidade moderada. Quanto à tipologia dos estudos selecionados, sete são experimentais e três são quasi-experimentais. RÚBEN ENCARNAÇÃO X As estratégias de intervenção descritas nos estudos selecionados compreenderam intervenções psicoeducativas sobre a doença, tratamentos e efeitos adversos, assim como o desenvolvimento e promoção de competências para gerir a doença oncológica e as limitações e adversidades que surgem ao longo da vivência do cancro. Em geral, os estudos incluídos nesta revisão permitem chegar à conclusão de que as intervenções e programas desenvolvidos por enfermeiros ou equipas de enfermagem, destinadas a promover a autogestão, estejam associadas a um impacte positivo na autogestão doença oncológica. Conclui-se, assim, que os enfermeiros podem desenvolver um papel crucial na problemática da doença oncológica, em especial, na criação e implementação de programas destinados à promoção da autogestão na doença. É necessário desenvolver e testar mais programas de apoio destinados a facilitar a autogestão na doença oncológica.