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Famílias que integram dependentes no autocuidado no concelho da Maia : caracterização das necessidades da pessoa dependente

Author(s): Fernandes, Pedro Gabriel

Date: 2014

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9517

Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto

Subject(s): Envelhecimento; Dependência; Autocuidado; Família


Description

Assistimos, atualmente, a sérias mudanças no perfil demográfico e epidemiológico das sociedades mais desenvolvidas. O envelhecimento progressivo da população e o aumento da prevalência de doenças crónicas contribuem para o aumento significativo de situações de incapacidade e de maior vulnerabilidade. As famílias contemporâneas enfrentam desafios inquestionáveis no âmbito da saúde, nomeadamente quando um dos seus membros é dependente no autocuidado. O papel do enfermeiro assume particular importância neste âmbito, dado que ele orienta a sua ação para atividades que contribuem positivamente para o bem-estar e qualidade de vida da pessoa/família. A presente investigação procurou identificar as necessidades de autocuidado de pessoas dependentes inseridas no seu contexto familiar, no concelho da Maia. Trata-se de um estudo de carácter quantitativo, do tipo exploratório e descritivo que teve como objetivos: a) Identificar a proporção de famílias clássicas que integram pessoas dependentes no autocuidado no concelho da Maia; b) Caracterizar as famílias clássicas que integram dependentes no autocuidado, quanto ao tipo de família, tipo de alojamento e condições socioeconómicas; c)Caracterizar as pessoas dependentes no autocuidado integradas em famílias clássicas no concelho da Maia; d) Caracterizar o tipo e grau de dependência por autocuidado das pessoas dependentes integradas em famílias clássicas no concelho da Maia. A recolha de dados baseou-se na técnica da entrevista “porta a porta”, tendo-se recorrido, para o efeito, ao formulário – “Famílias que integram dependentes no autocuidado”. A amostra foi aleatória, probabilística e estratificada, em função do peso relativo de cada freguesia do concelho. Foram inquiridas 1491 famílias, sendo que 125 (8,38 %) integravam pessoas dependentes no autocuidado, mas somente 98 aceitaram participar no estudo. Concluímos que os 98 dependentes da nossa amostra necessitam de apoio nos vários tipos de autocuidado, com um score médio de 2,19 e um desvio padrão de 0,719, com uma pontuação mínima de 1 e um máximo de 3,60. De referir, ainda, que os dependentes em estudo são, na sua maioria, idosas do sexo feminino (72,2%) que necessitam da ajuda de uma pessoa, nomeadamente, na realização do autocuidado tomar banho e no autocuidado vestir-se/despir-se com médias de score de 1,72 e 1,90, respetivamente. Verificou-se, também, que o autocuidado Virar-se foi aquele que atingiu maior média de score de 2,94. Os dados confirmam a emergência de uma problemática com implicações para a nossa prática. Reabilitar e recuperar um dependente não só exige do enfermeiro o desenvolvimento de intervenções promotoras da autonomia, centradas na pessoa dependente, como também assistir as famílias nos seus processos de transição e de adaptação.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório Comum
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