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A transição para a alimentação oral no recém-nascido prematuro

Author(s): Neto, Florbela Maria

Date: 2014

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9733

Origin: Escola Superior de Enfermagem do Porto

Subject(s): Recém-nascido prematuro; Alimentação


Description

A transição da alimentação por sonda para a alimentação oral é uma das etapas mais difíceis para os recém-nascidos prematuros. É um processo contínuo mas lento, que exige desenvolvimento fisiológico, independência respiratória e capacidade de coordenação da sucção, respiração e deglutição. Conseguir que o bebé prematuro desenvolva as suas habilidades na alimentação é o grande desafio dos profissionais que trabalham em neonatologia. Assim, emergiu a necessidade de compreender alguns aspetos da prática dos cuidados de enfermagem, relativos à transição da alimentação por gavagem para a alimentação oral, no recém-nascido prematuro (RNPT). Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, de abordagem qualitativa. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas a nove enfermeiros a trabalhar no serviço de neonatologia do Centro Hospitalar de São João (CHSJ). A análise de dados foi realizada utilizando a técnica de análise de conteúdo de Laurence Bardin, da qual emergiram três temas: Parâmetros de avaliação do recém-nascido prematuro para o início da alimentação oral; Intervenções de enfermagem promotoras da transição para a alimentação oral no recém-nascido prematuro; Opiniões sobre a existência de um guia orientador do início da alimentação oral no recém-nascido prematuro. Os resultados mostraram que os enfermeiros consideram o peso, a idade gestacional, a estabilidade fisiológica, a coordenação da sucção, deglutição e respiração, o aspeto geral e o envolvimento na alimentação como parâmetros fundamentais de avaliação para iniciar a alimentação oral no bebé prematuro. Consideram que posicionar o bebé, estimular os reflexos, controlar os níveis de stresse, monitorizar a temperatura do leite e controlar o fluxo de leite, são intervenções promotoras do desenvolvimento das competências alimentares. Os enfermeiros são da opinião que a existência de um guia orientador, para além de dar segurança, promove o respeito pelas etapas de desenvolvimento do RNPT, promove a uniformidade e a parceria de cuidados, incentiva a formação, reduz a subjetividade e fomenta a prática baseada na evidência, mas deve ter uma estrutura simples, ser pequeno, prático e criterioso. Estas opiniões serviram de base para a construção de uma proposta do guia orientador do início da alimentação oral do recém-nascido prematuro.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório Comum
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