Author(s):
Martins, Helena Sofia Pinto
Date: 2015
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.26/9936
Origin: Instituto Superior de Serviço Social do Porto
Subject(s): Proteção social na infância e juventude; Competências parentais; Comissões de Proteção de Crianças e Jovens; Crianças em risco; Serviço social; Sociologia
Description
A presente investigação foi desenvolvida junto da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Perigo (CPCJ) e o Centro de Apoio Familiar e Aconselhamento Parental (CAFAP), do concelho de Amarante. Tem como objetivo fundamental conhecer os principais problemas identificados no concelho pela CPCJ, as práticas profissionais e organizacionais desenvolvidas para combater esses problemas e, ainda, perceber a parceria da CPCJ com as outras instâncias da comunidade e de forma, mais específica, com o CAFAP. Neste trabalho, pretende-se compreender se as práticas profissionais e organizacionais para a implementação de projetos de intervenção integrados nas CPCJs e nos CAFAP, são ajustados às reais necessidades das crianças e jovens para a sua proteção, tendo em conta os problemas identificados, e identificar a sua influencia na redução ou até na remoção das situações de risco e na objetiva alteração das condições sociais e dinâmicas familiares para garantir o bem-estar das crianças e condições para o seu desenvolvimento integral. Neste sentido, no estudo recorreu-se à investigação qualitativa, efectuando-se quatro entrevistas, três entrevistas aos Técnicos da CPCJ, a Presidente e dois Técnicos Cooptados e uma entrevista de grupo aos três Técnicos do CAFAP, no concelho de Amarante. Conclui-se que os gestores de casos da CPCJ têm a seu cargo um grande número de processos, o que torna impossível um trabalho aprofundado com todos eles. A parceira com o CAFAP aparece como um fator positivo pois possibilita uma intervenção mais especializada com as famílias com crianças e jovens em situações vulneráveis, valorizando, melhorando as competências parentais, pessoais e sociais dessas famílias e facilitando o desenvolvimento integral das crianças e jovens no seio familiar. Mas dá conta das fragilidades das atuais políticas de proteção, da necessidade de ampliar a rede comunitária e de melhorar a qualificação das organizações e dos Técnicos bem como do combate às desigualdades sociais e exclusão social para eliminar os principais fatores de risco que hoje afetam de forma brutal a vida de milhares de crianças vítimas da pobreza que atinge as suas famílias devido ao desemprego e à redução das políticas públicas que garantam os direitos sociais.