Author(s):
Sebastião, Maria Ana Segurado dos Santos
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/20918
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Sobrevivente-familiar; Suicídio; Construção de significado; Indicadores discursivos de risco; Relative-survivor; Suicide; Meaning construction; Discursive risk indicators
Description
Este estudo, de natureza qualitativa e exploratória, pretende conhecer e analisar os significados que as pessoas constroem a partir da experiência de perda, por suicídio, de um familiar (i.e. sobrevivente-familiar). Procura também perceber se os significados diferem entre pessoas com diferentes níveis de sintomatologia psicopatológica. Foram entrevistados oito adultos que perderam familiares por suicídio, há mais de 1 ano e há menos de 10 anos, recrutados por procedimentos de amostragem por conveniência. Para estes sobreviventes, o suicídio do familiar inserese no campo semântico do drama, existindo uma tendência dos indivíduos com maior sintomatologia para a construção de significados autorreferentes de ineficácia. Estes resultados podem constituir-se como indicadores discursivos de risco psicopatológico. Surge também como uma implicação deste estudo a importância de se intervir na redução do estigma social e na promoção de acesso a serviços de apoio psicológico capazes de auxiliar os sobreviventes na construção de significados adaptativos; Abstract: Life after death: Narratives of a family member loss experience by suicide This qualitative and exploratory study aims to know and analyze the meanings that people construct from the loss experience of a family member, by suicide (i.e. relative-survivor). It also intends to understand if meanings differ between people with distinct psychopathological symptomatology levels. Eight adults who had lost relatives by suicide, for longer than 1 year and less than 10 years, were recruited through convenience sampling procedures. For these survivors, the relative suicide inserts into the semantic field of drama, exhisting a tendency of individuals with greater symptomatology to construct meanings self refering of inefficacy. These results may constitute discursive indicators of psychopathological risk. It also arises as an implication of this study a dimension of intervening in reducing social stigma and promoting access to psychological support services who can assist survivors in constructing adaptive meanings.