Author(s): Costa, Rosalina
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/3286
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Família; Fecundidade; Fecundidade Tardia; Tempo; Risco
Author(s): Costa, Rosalina
Date: 2012
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10174/3286
Origin: Repositório Científico da Universidade de Évora
Subject(s): Família; Fecundidade; Fecundidade Tardia; Tempo; Risco
Numa altura em que as práticas contraceptivas são altamente eficazes e o seu uso generalizado, assiste-se, em grande parte das sociedades ocidentais contemporâneas, a um adiamento progressivo da entrada na maternidade, aproximando-a do limite biológico. A partir de uma pergunta de partida que equaciona a forma como a fecundidade depois dos 40 anos se articula com as alterações recentes sobre o tempo familiar, este trabalho procura, de forma mais específica, analisar criticamente o processo de construção social do tempo familiar, caracterizar a evolução recente da fecundidade após os 40 anos em Portugal, traçar o perfil das mulheres que na actualidade têm filhos depois dos 40 e formular hipóteses sobre as determinantes da fecundidade tardia. Por meio de um estudo exploratório, segue-se à fase de observação, descrição e análise, cimentada em torno da revisão de estudos anteriores bem como do tratamento de dados estatísticos oficiais, a apresentação de um conjunto de hipóteses que enfatizam o ultrapassar dos limites sociais e biológicos impostos pela idade à fecundidade, o que coloca, simultaneamente, estas mulheres numa situação de dessincronização relativamente ao calendário familiar “tradicional” e sincronização ante o seu próprio “relógio familiar”.