Author(s):
Ribeiro, Célia Carlota Rodrigues Pereira Marques
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/20.500.11796/742
Origin: Repositório da ESE de Paula Frassinetti
Subject(s): Desenvolvimento social - adolescentes; Sociabilidade - adolescentes - escola
Description
Defende-se, actualmente, o princípio da inclusão em educação, ou seja, todos os alunos, apesar das diferenças, devem ter acesso a uma resposta educativa adequada, em contexto escolar. Sabe-se, contudo, que o êxito educativo não se traduz apenas em aprendizagens cognitivas, bem sucedidas, mas num todo que remete para a construção individual de cada aluno, no seio da colectividade. Numa faixa etária bastante complexa, a adolescência, o jovem vê-se, frequentemente, confrontado com diferentes tarefas a realizar, nomeadamente, o reajustamento à sua nova imagem e estrutura corporais, o despertar da sexualidade e a aprendizagem de novas formas de pensamento e de acção. Assim, o jovem vai modificando, substancialmente, o seu universo social e relacional, alterando o relacionamento com os pais, desenvolvendo relações de proximidade e de intimidade com os pares. A adolescência surge, então, como um período de transição, marcado por uma panóplia de realidades diferentes que têm de ser (re) ajustadas, pelo púbere, de modo a interiorizar as transformações com que se depara e, posteriormente, aceder à maturidade. É neste contexto que as relações de sociabilidade, de amizade, de partilha, de comunhão se tornam essenciais, para a construção de uma personalidade forte e saudável. Nesta óptica, o nosso estudo remete para uma reflexão contextualizada, pretendendo-se, acima de tudo gerar interrogações e alertar a comunidade educativa, para a problemática em estudo. E no sentido de conferir à escola uma verdadeira visão inclusiva, há que fomentar as relações de sociabilidade, contribuindo, assim, para um crescimento efectivo do aluno, nas suas variadas vertentes.
It is currently defended, the principle of inclusion in education, meaning that all the pupils, in spite of their differences, should have access to an adequate educational response, in a school context. However, it is known that the educational success is not only expressed by well succeeded cognitive learnings, but it is a whole that implies the individual construction of each pupil, in the midst of a community. Adolescence is a rather difficult and complex period, in which the youngsters often face different personal challenges, such as the readjustment to a new body image and structure, the weakening of the sexuality and learning new forms of thought and action. In fact, the youngsters go through a process of changes of their social and relationships universe, modifying the relationship with parents, developing relations of proximity and privacy with the pairs. The adolescence appears, then, as a period of transition, marked by a panoply of different realities that have to be (re)adjusted by the adolescent in order to have a inner appropriation of the transformations which are experienced and, later, to reach maturity. It is in this context that the communion, allotment, friendship and sociability relationships become essential, for the construction of a strong and healthful personality. Having the above in mind, our study brings us to a contextualized reflection, aiming, above all to generate questions and to alert the educational community for the referred issue. And, finally towards a true inclusive school vision, the sociability/interpersonal relationships must be promoted to contribute to an effective growth of the pupil, in his/her multiple aspects.