Author(s):
Silva, Maria de Fátima Dias Figueira Costa da
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/20.500.12207/4686
Origin: Repositório Institucional do IPBeja
Subject(s): Educação inclusiva; Necessidades educativas especiais; Trabalho cooperativo
Description
Este estudo desenvolveu-se em duas escolas do 1º Ciclo do Ensino Básico de um dos Agrupamentos de Beja e teve como principal finalidade compreender quais as práticas de cooperação utilizadas pelos docentes que se revelam facilitadoras da inclusão de alunos com Necessidade Educativas Especiais (NEE). O trabalho trata de inquirir se existe uma cultura cooperativa entre os alunos e se esse trabalho em equipa, caso exista, favorece práticas mais inclusivas que beneficiem as crianças com necessidades educativas especiais. Tendo em conta esta finalidade foram formuladas as seguintes questões: De que forma as práticas de um professor que adota a metodologia cooperativa podem ser mais facilitadoras da inclusão de alunos com NEE?; Em que medida metodologias cooperativas contribuem para a autonomia de todos os alunos?; Como perspetivam os alunos a inclusão de colegas com NEE na sala de aula? O quadro teórico de referência desta investigação assenta essencialmente no tema da inclusão e nas estratégias de trabalho cooperativo. Neste estudo recorreu-se a uma metodologia de natureza qualitativa e interpretativa, bem como quantitativa e o design foi o estudo de caso. A recolha de dados foi efetuada através de uma entrevista semiestruturada a duas docentes e quatro alunos, e de um inquérito por questionário, elaborado maioritariamente com perguntas fechadas, e preenchido por trinta docentes. Os dados recolhidos foram posteriormente submetidos a tratamento através de SPSS e de análise de conteúdo, seguindo os passos recomendados para a mesma por Bardin (2008). Os resultados do estudo evidenciam que a maioria dos professores inquiridos utiliza a aprendizagem cooperativa e a pedagogia diferenciada como estratégias pedagógicas em sala de aula e que estas estratégias ajudam a responder às necessidades individuais, contribuindo para o sucesso dos alunos. Contudo, alguns deles revelam ainda muita hesitação tendo o trabalho colaborativo entre docentes assumido um papel importante para a implementação destas novas práticas.