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Estigma da tuberculose: Perceção de emoções na expressão facial dos outros pelos doentes em tratamento

Author(s): Nascimento, Teresa Maria Carvalho

Date: 2015

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/10095

Origin: Repositório ISCTE

Subject(s): Tuberculose -- Tuberculosis; Estigma; Expectativas de preconceito; Psicologia social -- Social psychology; Perceção de emoções; Psicologia das emoções -- Psychology of emotions; Stigma; Prejudice expectations; Perception of emotions


Description

Apesar de ter um tratamento eficaz há mais de 50 anos, a tuberculose ainda é um problema grave de saúde pública. O estigma associado a esta doença é visto como uma barreira importante no controlo da doença, e uma causa de sofrimento social. Para melhor compreender os processos subjacentes ao estigma da tuberculose e o seu impacto na vida quotidiana dos doentes, nomeadamente, na perceção de emoções, foi realizado este estudo. Os doentes com tuberculose identificarão mais faces expressando nojo do que os não doentes? As pessoas doentes com elevada consciência do estigma identificarão mais faces expressando nojo do que o grupo de controlo? Para testar estas hipóteses, dois grupos de participantes (doentes com tuberculose e grupo de controlo) responderam a um questionário com 23 fotografias de faces (neutras, ambíguas envolvendo nojo, ambíguas envolvendo desprezo e faces não ambíguas) onde identificaram o tipo de emoção e a sua intensidade, com as escalas de Consciência do Estigma, Rejeição Interpessoal Relacionada com o Estigma e Sensibilidade à Rejeição, questões sociodemográficas e tempo de doença. Os resultados mostram que os doentes com elevada consciência do estigma sentem uma elevada rejeição interpessoal relacionada com o estigma; que há uma diferença de comportamento dos dois grupos e os efeitos dão-se a nível das emoções negativas, com o grupo de controlo a identificar mais nojo, mas o grupo dos doentes a identificar mais medo e raiva. A discussão faz-se à luz da teoria do estigma e perceção de emoções.

Despite there having been an effective treatment for over 50 years, TB remains a serious public health problem. The stigma associated with this disease is seen as a major barrier to disease control, and a cause of social distress. To better understand the processes underlying the stigma of TB and its impact on the daily lives of patients, particularly in the perception of emotions, this study was conducted. Do patients with tuberculosis identify more faces expressing disgust than those who are not sick? Do sick people with a high stigma consciousness identify more faces expressing disgust than the control group? To test these hypotheses, two groups of participants (TB patients and the control group) completed a questionnaire with 23 photographs of faces (neutral, ambiguous involving disgust, ambiguous involving contempt, and unambiguous faces) in which they identified the type of emotion and its intensity. The test also measured Stigma Consciousness, Interpersonal Rejection Related to Stigma, and Rejection Sensitivity, as well as demographic issues and disease duration. The results show that patients with high awareness of the stigma feel a high interpersonal rejection related to the stigma; that there is a difference in behavior of the two groups and the effects occur at the level of negative emotions, with the control group identifying more disgust, but the group of patients identifying more fear and anger. The discussion is based on the theory of stigma and emotion perception.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
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