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Idadismo nas crianças: o que dizem os desenhos das crianças?

Author(s): Vaz, Ariana Eunice Barros

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/15266

Origin: Repositório ISCTE

Subject(s): Psicologia social; Psicologia cognitiva; Idadismo; Criança; Desenho; Representações sociais; Atitude; Ageism; Drawing; Social representation; Children


Description

O envelhecimento demográfico apresenta-se como um problema a nível mundial, um fenómeno o qual parece irreversível e que acarreta desafios para as quais se torna necessário encontrar respostas eficazes. Neste sentido, implica desenvolver políticas que visam combater comportamentos estereotipados e discriminatórios sobre a velhice. A diminuição da taxa de natalidade e a esperança média de vida dos indivíduos tem contribuído de certa forma para uma acentuada tendência do envelhecimento. Daqui resulta o idadismo, vista como uma forma de discriminação socialmente aceite e que tem consequências penosas na saúde mental e no bem-estar das pessoas idosas, sendo que os estudos mostram que até as crianças partilham este tipo de crenças negativas. Para a realização desta dissertação foi adotada uma metodologia de natureza qualitativa de caracter descritivo e exploratório, tendo sido utilizada a análise de conteúdo enquanto técnica de análise de dados. Assim, pretendeu-se perceber as atitudes das crianças com base nas análises dos seus desenhos de pessoas jovens e idosas numa amostra de 50 crianças entre os 6 e os 10 anos. Utilizou-se o Desenho da Figura Humana (DFH) e a entrevista semiestruturada para a recolha de dados. A análise dos resultados obtidos a partir de análise de conteúdo permitiu verificar consenso na forma como as crianças de 1º e 4º ano representam as pessoas jovens e idosas. De um modo geral, os desenhos reportam pessoas felizes e ativas. No entanto, as pessoas idosas tendem a surgir mais associadas a problemas de saúde e de locomoção revelando a existência de uma representação das pessoas idosas como mais incapacitadas em termos físicos. Estes resultados são discutidos à luz das teorias sobre o idadismo nas crianças.

Demographic aging is a global problem, a phenomenon that seems irreversible and entails challenges for which it is necessary to find effective responses. In this sense, it implies determining policies that aim to combat stereotyped and discriminatory behavior against older people. The decline in the birth rate and the average life expectancy of individuals has contributed in some way to a marked aging trend and discriminatory behaviors against older people. Ageism is seen as a form of socially accepted discrimination that has severe consequences on the mental health and well-being of older people, and studies show that even young children share this kind of negative beliefs. For the accomplishment of this dissertation a methodology of qualitative nature of descriptive and exploratory character was adopted, through the use of content analysis technique. Thus, the goal of the study was to perceive the attitudes of children between 6 and 10 years old (n=50) based on the analysis of their drawings of younger and older people. The Human Figure Drawing (DFH) and the semi-structured interview for data collection were used. The analysis of the results based in the analysis of content showed consistency in the drawing of younger and older children. In the majority of the drawings people appear in a happy and active role. However, older people tend to appear more with health and walking problems thus emphasizing the illness stereotype of older people. These results are discussed given their implications for the ageism literature in children.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
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