Document details

Fazer música Underground: estetização do quotidiano, circuitos juvenis e ritual

Author(s): Gomes, Rui Telmo

Date: 2013

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10071/6058

Origin: Repositório ISCTE

Subject(s): Práticas culturais; Culturas juvenis; Estetização do quotidiano; Música popular; Ritual; Performance; Underground; Cultural participation; Youth cultures; Everyday aesthetics; Popular music


Description

A estreita relação entre música popular e culturas juvenis é objeto de uma longa tradição de pesquisa. A prática musical juvenil underground é uma sua demonstração particularmente enérgica. Para lá de uma certa imagem espetacular e marginal, o underground é uma esfera social marcada simultaneamente pela densificação relacional e transitoriedade dos percursos musicais. Procuro neste estudo analisar a construção social do underground, através da elaboração dos seguintes planos teóricos: (i) socialização musical desde a formação do gosto em família e entre amigos até à aprendizagem autodidata; (ii) modos de organização do trabalho de auto-produção musical e formação de circuitos subterrâneos; (iii) dimensão fenomenológica, temporal e simbólica do processo ritual focado no concerto. Concluo que a experiência underground é não tanto um rito de passagem mas sobretudo um rito de procrastinação – um expediente proactivo de adiar simbolicamente a entrada na vida adulta e de preservar a prática criativa como parte central do quotidiano.

The close relationship between popular music and youth cultures has a long research tradition. Underground music making is arguably one of the liveliest demonstrations of such relationship. Apart from its spectacular and marginal image, the underground is a social sphere simultaneously defined by dense social relations and transient musical pathways. My aim is to study underground’s social construction, for which purpose I elaborate on three main theoretical issues: (i) musical socialization from early acquired taste among family and friends to later self-taught playing; (ii) self-production methods and do-ityourself networks configuration; (iii) phenomenological, temporal and symbolic dimensions of the gig ritual process. Underground experience is to be seen not so much as a rite of passage, I conclude, but in fact as a procrastination rite – a proactive ploy for symbolically delaying adulthood and preserving creative practice as a significant everyday feature.

Document Type Doctoral thesis
Language Portuguese
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo