Author(s):
Castelo, Isabel Cristina Machado Bicha
Date: 2001
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/421
Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário
Subject(s): Psicologia clínica; Relações de objecto; Psicanálise; Instrumento; Depressão; Ansiedade; Objectos transicionais; Relação mãe-criança; Clinical psychology; Object relations; Psychoanalysis; Depression; Instruments; Anxiety; Transitional object; Mother-child relations
Description
Dissertação de Mestrado em Psicopatologia e Psicologia Clínica
Este trabalho insere-se no âmbito da Teoria das Relações Objectais, abordando directamente o conceito de objecto transicional formulado por Winnicott (1951). Teve como objectivos a contextualização das condições de surgimento e evolução da ligação a um objecto de transição, bem como dos objectos indutores do sono, aparentemente mais precoces. Procurou-ses ainda, caracterizar as fases do desenvolvimento primitivo de crianças que possuem um apego observável a um objecto transicional e de crianças que necessitam de um objecto de adormecimento, contrastando-as com as vivências de crianças que não evidenciam qualquer apego a um objecto específico. Finalmente, avaliaram-se diversos índices de psicopatologia materna, nestes três grupos de crianças. Os sujeitos observados eram alunos de creche e jardim de infância, pertencentes à faixa etária entre os 12 e os 42 meses. Para alcançar os objectivos pretendidos, utilizou-se um questionário de desenvolvimento e três instrumentos de auto-avaliação de sintomas psicopatológicos gerais, depressão e ansiedade. Os resultados mostraram que os objectos de adormecimento são mais precoces que o objecto transicional, cujo apego só se reflectiu no comportamento infantil, após o primeiro aniversário. A análise dos dados de desenvolvimento evidenciou uma tendência para que as crianças sem apego observável a um objecto de transição ou de adormecimento se mantenham ainda muito próximas da figura materna, preservando-se as características iniciais da relação precoce mãe-filho, por um período mais prolongado. Por fim, salientou-se uma tendência para que estas mães apresentem índices mais elevados de sintomatologia psicopatológica, comparativamente com as dos restantes grupos.