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Família, doença mental e reabilitação psicossocial: Estudo da relação entre a percepção que as famílias de doentes psicóticos têm de si, da doença e da reabilitação e o seu envolvimento no processo de reabilitação psicossocial

Author(s): Silva, Cristina Maria Magalhães de Oliveira Vieira da

Date: 2004

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.12/927

Origin: Repositório do ISPA - Instituto Universitário

Subject(s): Psicologia clínica; Doença mental; Reabilitação psicossocial; Família; Instrumentos; Esquizofrenia; Clinical psychology; Mental illness; Psychosocial rehabilitation; Instruments; Schizophrenia


Description

Dissertação de Mestrado em Psicopatologia e Psicologia Clínica

Estima-se que em Portugal existam 60000 cidadãos com perturbações de saúde mental grave e prolongada. Estas obrigam a um processo longo e continuado de serviços onde se realça a importância de um trabalho de parceria efectiva entre doentes, técnicos, famílias e comunidade em geral, por forma a facilitar a reabilitação psicossocial a nível pessoal, social e profissional das pessoas doentes, A família, que em alguns casos funciona como rede de suporte nuclear, vê-se também perante uma realidade que não desejou. O objectivo do nosso estudo foi perceber como é que as famílias de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia se percepcionam a si próprias, como percepcionam a doença mental e o processo de reabilitação psicossocial e verificar se esta percepção se relaciona com o seu envolvimento no processo de reabilitação. Participaram no estudo 20 familiares de pessoas com diagnóstico de esquizofrenia, envolvidas em processo de reabilitação, respondendo à escala de diferencial semântico (Osgood, 1957) a qual foi analisada nos seus factores avaliativo e potência. Participaram também os técnicos de referência dos familiares doentes que, através do preenchimento da versão resultante do estudo das propriedades métricas da EAEFR (Oliveira, 1998), avaliaram o envolvimento das famílias na reabilitação. Concluímos que o nível de envolvimento destas famílias, na reabilitação dos seus familiares doentes, se situa ligeiramente abaixo de um nível mediano e que as famílias da nossa amostra têm uma percepção positiva de si e da reabilitação e uma percepção negativa da doença mental. Encontramos uma correlação negativa entre a força que percepcionam na sua família e nos técnicos de saúde mental e o seu envolvimento no processo de reabilitação. A percepção que fazem da qualidade das instituições psiquiátricas também se correlaciona negativamente como o envolvimento na reabilitação. Verificamos que quanto mais forte sentem o apoio psicossocial, mais se envolvem no processo. Com base nestes resultados discutimos estratégias facilitadoras do envolvimento das famílias no processo de reabilitação dos seus familiares doentes.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Contributor(s) Repositório do ISPA
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