Author(s): Monteiro, Rita Inês Lopes
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/2442
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Relações amorosas; Motivação (Psicologia); Vinculação; Teses de mestrado - 2010
Author(s): Monteiro, Rita Inês Lopes
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/2442
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Relações amorosas; Motivação (Psicologia); Vinculação; Teses de mestrado - 2010
Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde - Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2010
A culpa e a vergonha são emoções com características muito diferentes. A culpa envolve um sentimento de tensão e remorso cujo foco é um comportamento específico de transgressão, enquanto que a vergonha é uma emoção mais devastadora, que envolve uma avaliação negativa de todo o self. O foco diferente destas duas emoções tem consequências distintas para o funcionamento não só psicológico mas também interpessoal. A emoção de vergonha parece ter consequências destrutivas para as relações, ao passo que a culpa tem efeitos benéficos. Esta investigação procurou estudar as emoções de culpa e de vergonha no contexto das relações românticas e averiguar possíveis factores que possam estar na origem de diferenças individuais na propensão para a cada uma destas emoções nesse contexto. Como possíveis factores explicativos foram considerados o grau de internalização das motivações para as relações e o estilo de vinculação. Foi colocada a hipótese de que motivações autónomas para as relações deveriam mediar uma influência negativa da vinculação evitante sobre a propensão para a culpa, enquanto que motivações controladas deveriam mediar uma influência da dimensão de preocupação sobre a vergonha. Era também esperado que a culpa tivesse um efeito positivo na satisfação relacional, e a vergonha um efeito negativo. Estas variáveis foram avaliadas com recurso a instrumentos de auto-relato, numa amostra de 230 participantes actualmente envolvidos em relações românticas. No geral, os resultados apoiaram as hipóteses colocadas. No entanto, o efeito da emoção de vergonha na satisfação relacional só se verificou para a componente comportamental dessa emoção. Foi também encontrada uma influência não prevista da evitação sobre as motivações controladas e sobre a vergonha.
Shame and guilt are two very different emotions. While guilt is characterized by a sense of tension and regret that is focused on a specific transgression behavior, shame is a more devastating emotion, involving a global negative evaluation of the self. The different focus of these emotions has distinct consequences not only for psychological but also for interpersonal functioning. While the emotion of shame seems to have destructive consequences for relationships, guilt seems to play a beneficial role. This investigation aimed to study the emotions of shame and guilt in romantic relationships and to enquire about possible factors that may be at the origin of individual differences in the proneness to each of these emotions, in the context of those relationships. The internalization of relationship motivations and the adult attachment style were considered as possible explaining factors. It was hypothesized that autonomous motivations for relationships would mediate an influence of attachment avoidance on guilt proneness and that controlled forms of motivation would mediate an influence of attachment anxiety on shame. It was also expected that guilt would have a positive effect on relationship satisfaction and that shame would have a negative one. These variables were evaluated by the means of self-report questionnaires, in a sample of 230 participants who were currently involved in a romantic relationship. On a general level, the obtained results support the hypotheses made. However, the effect of shame on relationship satisfaction was only obtained for the behavioral component of that emotion. An unexpected influence of attachment avoidance on controlled motivations and on shame was also found.