Document details

Burnout e fadiga por compaixão em psicólogos clínicos portugueses

Author(s): Amaro, Ana Nadine Canada

Date: 2016

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/29264

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Psicologia clínica; Burnout; Fadiga; Teses de mestrado - 2016; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia


Description

Tese de mestrado, Psicologia (Secção de Psicologia Clínica e da Saúde, Núcleo de Psicoterapia Cognitiva-Comportamental e Integrativa), Universidade de Lisboa, Faculdade de Psicologia, 2016

A qualidade de vida profissional pode definir-se como a qualidade da relação estabelecida entre o profissional de ajuda e quem este auxilia (Stamm, 2010). Dela fazem parte aspetos negativos, como o burnout e a fadiga por compaixão e aspetos positivos, como a satisfação por compaixão (Stamm, 2010). O burnout é o resultado de stressores ocupacionais que se perpetuam no tempo (Maslach, 2005), enquanto a fadiga por compaixão representa os “custos de cuidar” (Figley, 1995, p.1) do outro e de contactar com os problemas e dificuldades de quem se ajuda (Figley, 1995). Estes problemas podem surgir em profissionais que trabalham em profissões de ajuda, devido ao envolvimento emocional que isso acarreta, dos quais os psicólogos clínicos são um exemplo. No entanto, existem poucos estudos nesta população. Por isso os principais objetivos desta investigação são conhecer os níveis de burnout e fadiga por compaixão e as variáveis preditoras desses resultados numa amostra de 153 psicólogos clínicos portugueses, cuja média de idades é de 34 anos. Os instrumentos utilizados para medir o burnout foram a Medida de Burnout de Shirom-Melamed (Armon, Shirom, & Melamed, 2012; Shirom & Melamed, 2006, traduzido e adaptado por Gomes, 2012) e o Copenhagen Burnout Inventory (Kristensen, Borritz, Villadsen, & Christensen, 2005, traduzido e validado por Fonte, 2011). O instrumento utilizado para medir a fadiga por compaixão foi a Escala de Qualidade de Vida Profissional 5 (Stamm, 2009, traduzido e adaptado por Carvalho & Sá, 2011). Os resultados obtidos mostram que a maioria dos psicólogos possui níveis baixos de burnout (de acordo com ambos os instrumentos utilizados) e níveis médios de fadiga por compaixão. Verificaram-se como preditores significativos dos níveis obtidos em algumas dimensões de burnout e fadiga por compaixão as variáveis género; horário de trabalho semanal; local de trabalho do psicólogo clínico; populações-alvo que atende; problemáticas com que lida; supervisão dos seus casos clínicos e necessidade de recorrer a acompanhamento terapêutico.

Professional quality of life can be defined as the quality of the relationship established between a help professional and who he helps (Stamm, 2010). Professional quality of life has negatives aspects, such as burnout and compassion fatigue, and positive aspects, such as compassion satisfaction (Stamm, 2010). Burnout is the result of occupational stressors that occur allong the time (Maslach, 2005), while compassion fatigue represents the “costs of caring” (Figley, 1995, p.1) of the others and contact with their problems and difficulties (Figley, 1995). These problems might occur in the helping professions, including clinical psychologists, because of the big emotional involvment in these professions. However, there are few studies about these problems on that population. So, the main goals of this research are measuring the levels of burnout and compassion fatigue in clinical psychologists and the predictors of that outcomes in a sample of 153 portuguese clinical psychologists, whose average age is 34 years. The instruments used to measure burnout were Shirom-Melamed Burnout Measure (Armon, Shirom, & Melamed, 2012; Shirom & Melamed, 2006, translated and adapted by Gomes, 2012) and Copenhagen Burnout Inventory (Kristensen, Borritz, Villadsen, & Christensen, 2005, translated and validated by Fonte, 2011). The instrument that measured compassion fatigue was Professional Quality of Life Scale 5 (Stamm, 2009, translated and adapted by Carvalho & Sá, 2011). The results showed that the most of the clinical psychologists have low levels of burnout (according with both measures of burnout) and medium levels of compassion fatigue. The significants predictors were gender; number of working hours per week; workplace of the clinical psychologists; target populations; problems of the clients; clinical supervision of the cases and the need of therapeutic monitoring.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Bizarro, Luísa Maria Gomes, 1959-
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents