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Tosse convulsa : o reemergir de um flagelo

Author(s): Nascimento, Ana Luísa Freire

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/30765

Origin: Repositório da Universidade de Lisboa

Subject(s): Tosse convulsa; Bordetella pertussis; Crianças; Profilaxia; Vacinação; Pediatria; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas


Description

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2017

Introdução: A tosse convulsa é uma infeção respiratória aguda, causada pela bactéria Bordetella pertussis. Constitui uma causa importante de mortalidade e morbilidade em crianças. Apesar da existência de vacinação eficaz, a sua incidência aumentou nas últimas décadas. O seu diagnóstico reside em critérios clínicos, laboratoriais e epidemiológicos. A Azitromicina é o fármaco de primeira linha no tratamento e é usada na profilaxia. Objetivos: Caraterizar a componente epidemiológica, manifestações clínicas, métodos de diagnóstico, antibioticoterapia e profilaxia instituída nas crianças internadas por Tosse convulsa na UCIPED do HSM. Métodos: Estudo observacional retrospetivo dos internamentos por Tosse convulsa entre janeiro 2008 e setembro 2016. A análise estatística foi efetuada com o SPSS versão 22.0 para Windows. Resultados: Registaram-se 24 internamentos por tosse convulsa, com maior incidência em 2012 e 2016 (8 por ano). As crianças tinham idades inferiores a 3 meses, observando-se mais complicações dos 1-2 meses, com a apneia a ser a complicação mais prevalente (45,9%, n=17). Na admissão, todas tinham tosse, com uma média de 7,8 dias. A fonte mais provável do contágio foram os pais (51,5%, n=17). Em 45,8% dos internamentos não existe Declaração Obrigatória de Doença documentada. Conclusão: Estratégias de cocooning e imunização durante gravidez são algumas das medidas que estão a ser avaliadas para controlo da tosse convulsa. A tosse persistente por mais de 14 dias integra a definição de caso clínico do CDC, no entanto nos internamentos esta tem duração inferior, equacionando-se a necessidade de redefinir os critérios. A Iniciativa Global Pertussis postula que na faixa etária deste estudo (menos de 3 meses), os métodos laboratoriais diagnósticos são a cultura e PCR, só efetuados em simultâneo em 16 casos. Assistiu-se à alteração da Eritromicina para a Azitromicina como terapêutica de primeira linha com a evolução dos tempos.

Background: Whooping cough is an acute respiratory infection, caused by Bordetella pertussis. It represents an important cause of mortality and morbidity in children. Despite the existence of effective vaccination, the incidence has increased in recent decades. The diagnosis depends on clinical, laboratory and epidemiologic criteria. Azithromycin is the first-line treatment and it is used in prophylaxis. Objectives: Characterization of the epidemiological component, clinical manifestations, diagnostic methods, antibiotic therapy and prophylaxis instituted in children hospitalized for whooping cough in the UCIPED of HSM. Methods: Retrospective observational study of the hospitalizations of whooping cough between january 2008 and september 2016. The statistical analysis was made using SPSS version 22.0 for Windows. Results: There were 24 hospitalizations registered due to whooping cough, with a greatest incidence rate in 2012 and 2016 (8 per year). The children were younger than 3 months old, registering more complications between the ages of 1-2 months, with apnea being the most prevalent one (45,9%, n=17). In admission, every child had cough, on an average of 7,8 days. The most likely source of infection were parents (51,5%, n=17). In 45,8% of hospitalizations there is no Mandatory Notification of Disease documented. Conclusion: Cocooning and immunization strategies during pregnancy are some measures that are being evaluated in order to control whooping cough. A cough persistent for more than 14 days integrates the definition of clinical case of CDC. However, in hospitalizations this has an inferior time, raising the need to redefine the criteria. The Global Pertussis Initiative postulates that in the age range of this study (under 3 months), the laboratory diagnosis methods are culture and PCR, used simultaneously in only 16 cases. There has been a change from Erythromycin and Azithromycin as first line therapy throughout times.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Rios, Joana
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
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