Author(s):
Cortez, Mônica Maciel Sena
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/32086
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Direito administrativo; Função pública; Concurso público; Teses de mestrado - 2017; Direito
Description
O direito de acesso à função pública, tanto no Brasil quanto em Portugal goza de proteção constitucional dentre os direitos, liberdades e garantias fundamentais, tratando-se de importante conquista da humanidade, sendo exercido primordialmente por meio do concurso, considerado instrumento para escolha dos indivíduos mais aptos a integrarem os quadros da Administração Pública, o que propicia a prestação de serviços mais qualificados e eficientes à sociedade. Sob este aspecto, compreende-se que compete à Administração o dever de estabelecer critérios impessoais e que possibilitem a igualdade de oportunidade e de condições aos cidadãos, para que possam concorrer entre si de maneira justa, a fim de alcançar a satisfação do interesse público, garantindo a maior competitividade possível. Contudo, apesar do direito de acesso à função pública ser o mesmo para ambos os países, na prática o tratamento a ele conferido pelo Legislativo e pela Executivo são diferentes, uma vez que a regra geral brasileira é que o acesso se dê por meio do concurso público, enquanto a regra geral portuguesa é justamente a contrária, de acesso por meio do concurso interno. Nesta investigação, analisa-se as semelhanças e diferenças existentes entre os regimes jurídicos dos agente em relação de trabalho com a Administração Pública de ambos os países, faz-se um resgate histórico e um estudo do fenômeno da fuga para o direito privado que vem ocorrendo de forma mais acentuada na relação de trabalho da função pública portuguesa. Neste sentido, propõe-se um apanhado geral das principais modalidades de recrutamento, aprofundando-se no concurso, seu conceito, fundamentos, princípios específicos, mecanismos de burla ao concurso e sistema de proteção. Por fim, analisa-se o concurso interno, oferecendo-se questionamentos acerca das atuais regras, se a sua utilização como regra geral acabam por ferir o direito de acesso à função pública ou se a absoluta proibição do concurso interno como meio de acesso acaba por criar verdadeiros dogmas, apartados de fundamentos lógicos que a justifique.
El derecho de acceso a la función pública, tanto en Brasil como en Portugal goza de protección constitucional de los derechos, liberdades y garantias fundamentales, en el caso de importantes logros de la humanidad, se ejerce principalmente a través del concurso, considerada la herramienta pincipal para la selección de los individuos más aptos para integrar el personal de la Administración Pública, lo que facilita la prestación de servicios más cualificados y eficientes para la sociedad. En este sentido, se entiende que es para la Administración el deber de establecer criterios impersonales y permitir la igualdad de oportunidades y condiciones para los ciudadanos, para que puedan competir entre sí de manera justa, con el fin de lograr la satisfacción del interés público, garantizar una mayor competitividad posible. Sin embargo, a pesar del derecho de acceso a la función pública será el mismo para los dos países, en la práctica, el tratamiento que se le da por el poder legislativo y el ejecutivo son diferentes, una vez que la regla general de Brasil es que el acceso es a través del concurso pública, mientras que el dominio portugués es precisamente el contrario, el acceso a través de la competencia interna. En este trabajo se analizan las similitudes y diferencias entre los sistemas jurídicos de la relación de trabajo de agente en el sector público de los dos países, es un histórico y estudiar el fenómeno de escape para el Derecho privado de lo que está sucediendo más fuertemente en la relación laboral del servicio civil portuguesa, es una visión general de las principales formas de contratación, la profundización de la competencia, su concepto, fundamentos, principios específicos, mecanismos de fraude y el sistema de protección de la competencia. Luego pasa a analizar la competencia interna crianza de preguntas sobre las reglas actuales, si su uso como norma general terminan perjudicando el derecho a entrar en la función pública o la prohibición absoluta de la competencia interna como medio para crear en última instancia, dogmas verdaderos, aparte de base lógica para justificarla.