Author(s): Gaspar, Ricardo Jorge Cabrita
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10451/33256
Origin: Repositório da Universidade de Lisboa
Subject(s): Glaucoma; Espessura central da córnea; Histerese corneana; Meta-análise; Oftalmologia; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2017
Purpose: There is evidence suggesting that corneal biomechanical properties influence intraocular pressure (IOP) measurement, namely corneal central thickness (CCT) and corneal hysteresis (CH). This study aimed to investigate the association between CH and CCT with glaucoma development. Methods: Review of the literature and meta-analysis of observational studies (2006-2016) including both adult glaucoma patients and a control group, reporting CCT and CH as outcomes. Nineteen studies were considered eligible and the mean difference (MD) between groups (patient - control) of both variables was used for statistical analyses. Results: A total of 1213 glaucoma and 1055 healthy eyes were studied. Quantitative analysis suggested that CH was significantly lower in the glaucoma group compared to the control group (MD = -1.54 μm, 95% CI [-1.68, -1.41], P < 0.00001). The CCT was also significantly lower in the glaucoma group compared to healthy controls (MD = -8.49 μm, 95% CI [-11.36, -5.62], P < 0.001). Conclusion: Glaucoma patients seem to have different corneal properties than healthy controls. Our results emphasize the importance of corneal biomechanical properties in IOP interpretation, and should trigger further studies on the influence of CH and CCT in glaucoma screening and diagnosis.
Objetivo: A literatura publicada sugere que as propriedades biomecânicas da córnea, nomeadamente a espessura central da córnea (ECC) e a histerese corneana (HC), influenciam a medição da pressão intraocular (PIO). Este estudo teve como objetivo investigar a associação entre a ECC e a HC e o desenvolvimento de glaucoma. Métodos: Revisão da literatura e meta-análise. Foram incluídos estudos observacionais, publicados entre 2006 e 2016, que integrassem um grupo-controlo e um grupo de pacientes com glaucoma em que estes dois grupos apresentassem, igualmente, a ECC e a HC como outcomes. Dezanove estudos foram considerados elegíveis e a diferença média (MD) daqueles parâmetros nos dois grupos foi utilizada para análise estatística. Resultados: Estudaram-se um total de 1213 olhos com glaucoma e 1055 olhos saudáveis. A análise quantitativa revelou que a HC é significativamente mais baixa no grupo de doentes com glaucoma quando comparada com o grupo-controlo ( = -1.54 μm, intervalo de confiança de 95% [-1.68, -1.41], P <0.00001). A ECC foi, também, significativamente mais baixa no grupo glaucoma quando comparada com os indivíduos saudáveis ( = -8.49 μm, intervalo de confiança de 95% [-11.36, -5.62], P <0.001). Conclusão: Os pacientes com glaucoma parecem possuir propriedades corneanas diferentes das que apresentam os indivíduos saudáveis. Os nossos resultados enfatizam a importância das propriedades biomecânicas da córnea na interpretação da PIO e devem contribuir para novos estudos sobre a influência da HC e da ECC no rastreio e diagnóstico do glaucoma.
