Author(s):
Silva, Humberto José Barros da, 1981-
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11067/2269
Origin: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Subject(s): Arquitectura de museus; Arquitectura vernacular - Portugal; Museu do Côa (Guarda, Portugal)
Description
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2015
Exame público realizado em 15 de Julho de 2015
Definindo-se como suporte de todos os fenómenos pertencentes ao mundo inteligível, o território é antes de tudo uma extensão de terra que aparta e define fronteiras físicas, culturais, históricas e antropológicas. Esta estratificação territorial traduz-se numa diversidade cultural que exige abordagens distintas de apropriação e ocupação do solo. No âmbito da arquitetura, a inevitável ligação de um edifício ao terreno confere ao território um papel fulcral no ato de projeto. As suas contingências determinarão a qualidade do edifício, estabelecendo-se uma relação afetiva entre a obra e a sua envolvente. A presente investigação estuda a emotividade que certos edifícios transmitem na relação tectónica que estabelecem com o contexto físico em que se inserem. Estuda-se a contribuição que alguns projetos portugueses e figuras proeminentes como Vittorio Gregotti, Fernando Távora, Álvaro Siza e Souto de Moura tiveram para a compreensão dos mecanismos que determinam esta relação telúrica entre a arquitetura e o lugar, para depois focar o estudo no museu arqueológico do Foz Côa, que é um exemplo paradigmático da condição existencial do território na arquitetura. Tenta-se perceber em que medida é que a matéria tectónica, histórica e cultural do território influenciou a materialidade do edifício.