Author(s):
Penim, Alexandre Vítor Soares Gouveia, 1986-
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11067/2941
Origin: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Subject(s): Edifícios altos; Edifícios altos - História; Edifícios altos - Aspectos sociais
Description
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2016
Exame público realizado em 3 de Março de 2017
Se a arquitectura é a expressão do seu tempo, então o arranha-céus é expressão vertical da poética do capitalismo, construindo o fantástico através da escala do monumental e da cidade vertical, num manifesto triunfo do físico sobre o meta-físico. O presente estudo pretende fornecer uma compreensão dos factores simbólicos, históricos, tecnológicos e socioeconómico responsáveis pela promoção do crescimento em altura, com ênfase na relação interdependente entre as torres e a dinâmica da micro e macroeconómica. Acrescenta-se a especificidade do paradigma da sustentabilidade, na vertente da problemática da escassez dos recursos ambientais, num contexto de crescimento exponencial da população urbana e consequente expansão dos limites da cidade. Questiona-se ainda acerca do potencial do arranha-céus, tipologia ao serviço do capital, transcender o seu papel egocêntrico, para dar resposta aos atuais desafios da cidade. Neste sentido a metodologia adoptada nesta pesquisa é baseada na investigação bibliográfica, na análise de bases de dados dedicadas, na pesquisa fotográfica in loco e também orientada sob pressupostos de uma perspectiva histórico-crítica comparativa, com o objectivo de identificar de padrões, mecanismos e dinâmicas que expliquem o processo complexo do fenómeno da construção em altura. A análise dos argumentos sugerem uma íntima relação interdependente, entre esta tipologia, o mercado imobiliário, a dinâmica capitalista e o conjunto de valores a estes associados. Finalmente, identifica-se o potencial da orgânica das oportunidades intrínsecas à economia de meios da cidade vertical tanto para a urgente necessidade de redução do consumo energético como para a contenção do urban sprawl.