Author(s):
Santos, Vanessa Isabel Manzarra, 1987-
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/11067/2979
Origin: Lusíada - Repositório das Universidades Lusíada
Subject(s): Planeamento urbano - Aspectos ambientais; Arquitectura - Aspectos ambientais; Agricultura urbana; Vitoria-Gasteiz (País Basco, Espanha) - Edifícios, estruturas, etc.
Description
Dissertação de mestrado integrado em Arquitectura, Universidade Lusíada de Lisboa, 2016
Exame público realizado em 3 de Março de 2017
Será possível desenvolver um urbanismo e arquitectura que fortaleça e amplie a diversidade de vida ao invés de diminui-la, ensinando aos seus moradores que estes estão intimamente ligados numa vasta e magnífica sinfonia que, não estando sozinhos, estão conectados, não só entre si, mas com as casas, os terrenos, as bacias hidrográficas, os animais e vegetais, os ecossistemas, os vales e montanhas, a bioregião, a biosfera e a cosmo-esfera? E se for possível um urbanismo assim pensado, como será a densidade urbana, os usos, a malha, os transportes, os jardins? Como estabelecer um urbanismo biofílico? Como estabelecer uma arquitectura biofílica? O ser humano não é uma máquina, como ensina a visão reducionista, mas um ser vivo, um organismo em relação com o seu planeta. Um ser vivo, desde um microrganismo a um ser humano, nunca se apresenta fragmentado, é um sistema complexo, composto por partes interconectadas e com os seus ciclos, teias e redes, dotado da capacidade de replicação. Biophilics CityProject procura reinventar as cidades retomando a valores como: a conservação da natureza, o contacto com o campo dentro e fora da cidade, a promoção da educação e valorização do ambiente, a agricultura, passeios pedonais, meios de transporte alternativos, corredores ecológicos etc. A arquitectura biofílica é entendida como uma extensão deste urbanismo que, por sua vez, empurra a natureza para dentro do edifício, convidando luz solar, ar puro, água, bem como o solo ou mesmo os elementos vegetais que deste brotam para dentro do edifício, numa vasta fusão entre elementos construídos e naturais que apelam para um novo sentido de vida Vitoria-Gasteiz ganhou o prémio de cidade verde em 2012 e, por isso, foi motivo do meu estudo. Esta cidade é exemplar por, entre outros aspectos, metade das deslocações dentro desta, serem feitas a pé com uma diminuição de 45% do uso de veículos privados, com 42 metros quadrados de área verde por habitante, há instalação massiva de energias renováveis, os resíduos sólidos são tratados devidamente, há 95 km de ciclovias e foi implementado um sistema de hortas e jardins comunitários. Como pressuposto, existem também nessa cidade alguns edifícios exemplo e icónicos (Palácio Europa), que nos levam a ter esperança num futuro melhor, com uma arquitectura que contribua para uma melhor qualidade de vida das populações, em suma... mais biofílica.