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Indicadores de saúde e de disfunção de DUKE em pessoas em programa de substituição opiácea

Autor(es): Macedo, Ermelinda ; Silva, Carlos F.

Data: 2014

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/1822/29476

Origem: RepositóriUM - Universidade do Minho

Projeto/bolsa: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876-PPCDTI/112546/PT ;

Assunto(s): Indicadores de DUKE; Toxicodependência; Opiáceos; Programa com metadona


Descrição

Introdução: O estudo da toxicodependência é complexo pela diversidade de variáveis que podemos analisar, sobretudo numa perspetiva de promoção da saúde. A toxicodependência tem consequências na pessoa preocupantes de ordem física, psicológica e social. Neste sentido, pretendeu-se estudar os indicadores de saúde e disfunção de DUKE – Perfil de saúde em pessoas integradas num programa de substituição opiácea em que a substância é a metadona. Objetivos: Identiicar relações signiicativas ente dados sociodemográicos e clínicos e os indicadores de saúde (física, mental, social, geral, percebida e autoestima) e disfunção (ansiedade, depressão, dor e incapacidade) de DUKE. Metodologia: Participaram 47 sujeitos com diagnóstico de toxicodependência opiácea a frequentar um programa de substituição com metadona, numa instituição no Norte de Portugal. Foram utilizados o Questionário de DUKE- Peril de Saúde e um Questionário de Dados Sociodemográicos e Clínicos. Todos os sujeitos assinaram consentimento informado. Para a análise estatística recorreu-se ao Statistical Package for Social Sciences (IBM SPSS, versão 18.0). Foi considerado estatisticamente signiicativo um valor de p <.05. Resultados: As medidas de saúde mais baixa foi a saúde social e a saúde percebida e as medidas de disfunção mais altas foram a ansiedade e depressão. A saúde percebida variou na razão direta com a idade dos participantes. Os solteiros, casados e separados/divorciados só se distinguiram entre si relativamente à saúde social. No que diz respeito à saúde social, os casados são os que referiram maior saúde. Os empregados e desempregados, só se distinguiram entre si no que respeita à saúde percebida. Os sujeitos que têm ilhos e os que não têm, só se distinguiram entre si na saúde social e na saúde percebida. Os que tinham ilhos possuíam um valor mais alto para a saúde social e saúde percebida. A relação entre a variável “tempo no atual programa de tratamento com metadona” variou na relação inversa para a saúde física e geral. Para a depressão e ansiedade esta relação variou na relação direta. Conclusões: Para além de encontrarmos algumas relações signiicativas com dados sociodemográicos, a saúde social foi a medida de saúde mais baixa. Conforme aumenta o tempo em que os sujeitos estão integrados no atual programa de metadona, menor é a saúde física e a saúde geral e maior é a ansiedade e a depressão. Este estudo aponta para relações signiicativas entre a saúde geral, física, ansiedade e depressão e as variáveis sociodemográicas e clínicas, o que aponta para a necessidade de trabalhar de forma integrada utilizando novos caminhos de promoção de saúde e de melhor gestão da situação clínica destas pessoas.

Tipo de Documento Objeto de conferência
Idioma Português
Contribuidor(es) Universidade do Minho
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