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Remoção de compostos farmacêuticos persistentes das águas efeitos no ambiente e na saúde humana

Author(s): Roque, Ana Luísa Rei Rodrigues

Date: 2009

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/3339

Origin: Repositório Institucional da UNL

Subject(s): Ácido clofíbrico; Carbamazepina; Diclofenac; Eficiência de remoção; Ozonização


Description

Dissertação apresentada na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa para a obtenção do grau de Mestre em Engenharia do Ambiente, perfil Engenharia Sanitária

Apesar da concentração dos compostos farmacêuticos no meio hídrico ser vestigial, a sua continuada introdução poderá, a longo prazo, constituir um potencial risco tanto para organismos aquáticos, como para o Homem. Deste modo, a preocupação relativa à presença destas substâncias tóxicas no ambiente tem vindo a aumentar desde o início dos anos noventa, bem como a necessidade em avaliar os riscos inerentes. Estes compostos não são completamente degradados pelo organismo humano, sendo excretados nas fezes e na urina sob a forma inalterada ou sob a forma de metabolitos. Por conseguinte, e pelo facto de muitos destes compostos serem sujeitos a eliminações inadequadas (como é no caso das instalações sanitárias), são descarregados no meio hídrico por via das estações de tratamento de águas residuais, caso estas não estejam munidas de sistemas adequados à remoção destes compostos. Desta forma, e dada a sua elevada persistência, diversos compostos farmacêuticos pertencentes a diferentes classes têm sido detectados no ambiente. Neste trabalho são avaliados os potenciais efeitos da presença de três compostos farmacêuticos no meio hídrico (carbamazepina, diclofenac e ácido clofíbrico), bem como a eficiência de remoção face a diferentes sistemas de tratamento de águas residuais. Verifica-se que a carbamazepina, o diclofenac e o ácido clofíbrico apresentam toxicidade crónica e aguda, reforçando a necessidade da existência de um sistema de tratamento suficientemente eficaz na remoção destes compostos das águas e águas residuais. De entre os vários processos de tratamento analisados constata-se que a ozonização, os processos avançados de oxidação, a osmose inversa e o carvão activado são aqueles que apresentam uma maior remoção da carbamazepina (>98%) e do diclofenac (>85%), face aos restantes processos. Em relação ao ácido clofíbrico, este foi removido de forma mais eficiente pelos processos de ozonização, processos avançados de oxidação, osmose inversa e leitos de macrófitas, com eficiências de remoção superiores a 80%. Com o presente estudo constatou-se que o processo de ozonização parece ser o processo mais adequado para a remoção completa dos três fármacos analisados, revelando-se a melhor tecnologia para a remoção destes compostos das águas. Assim, sugere-se a necessidade de estudar à escala laboratorial, potenciais sequências de operações e processos unitários que permitam a maximização da remoção da carbamazepina,diclofenac e ácido clofíbrico. Isto de forma a garantir a minimização da sua presença no meio hídrico, contribuindo de forma mais eficaz para a diminuição dos potenciais riscos para o ambiente e para a saúde humana.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Almeida, Maria
Contributor(s) RUN
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