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Remoção de 17α-Etinilestradiol de uma Água Residual Urbana Tratada através da adição de Ácido Peracético

Author(s): Semedo, Flávia Alexandra Estevam

Date: 2018

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/40896

Origin: Repositório Institucional da UNL

Subject(s): Compostos Desreguladores Endócrinos; Hormona; 17α-Etinilestradiol; Oxidação; Ácido Peracético; Ensaios Ecotoxicológicos; Domínio/Área Científica::Engenharia e Tecnologia::Engenharia do Ambiente


Description

O EE2 é uma hormona sintética utilizada na produção de contracetivos orais femininos e é uma das principais substâncias que contribuem para a atividade estrogénica detetada em águas residuais e consequentemente principal origem de EE2 em águas superficiais. Uma vez que os sistemas convencionais de tratamento de água residual não foram dimensionados para remover este tipo de compostos, a comunidade científica tem procurado alternativas de tratamento e, ou tratamentos complementares para evitar que estas substâncias sejam descarregadas no ambiente, nomeadamente a adoção de tratamentos terciários. Os sistemas de tratamento onde as eficiências de remoção destes compostos são maiores incluem tratamentos multi-barreira (incluindo a adoção de membranas) e oxidações avançadas, nomeadamente a adição de cloro, ozono e fenton. Apesar das eficientes remoções de EE2 verificadas com oxidantes, nomeadamente com o cloro, e embora, em Portugal, seja um dos compostos mais utilizados na etapa de desinfeção de água residual, esta adoção poderá não ser segura devido à possível formação de trihalometanos (compostos cancerígenos), aquando da adição de cloro na presença de matéria orgânica. Assim, este trabalho pretendeu estudar a adição de um oxidante diferente que, não sendo comum a sua utilização em água residual, existem estudos que demonstraram a sua capacidade de remoção do potencial estrogénico de uma água residual - Ácido Peracético (PAA). Foram, desta forma, realizados ensaios onde se testaram diferentes tempos de contacto e diferentes concentrações de PAA - 10, 15 e 20 minutos e 1, 5, 10 e 15 mg.L-1. As eficiências de remoção de EE2 obtidas variaram entre 0% e 100%, dependendo das dosagens de PAA e tempo de contacto utilizados. Os ensaios que apresentaram 100% de remoção, ocorreram com concentrações de PAA de 10 mg.L-1 e de 15 mg.L-1, para os tempos de contacto de 10 e 15 min, respetivamente. Complementarmente, a toxicidade do EE2 foi avaliada através de ensaios biológicos usando o peixe zebra (Danio rerio) como modelo biológico e determinando alguns biomarcadores de toxicidade (enzimas antioxidantes) e de desregulação endócrina (vitelogenina). Os resultados mostraram que entre os animais expostos ao EE2 e os animais expostos ao EE2+PAA não existiram diferenças significativas ao nível das enzimas antioxidantes (glutationa-s-transferase e catalase). Relativamente à análise dos níveis de vitelogenina, os resultados mostraram que quando se adicionou o PAA (EE2+PAA) ocorreu uma clara redução da estrogenicidade mostrando, por isso, a possível viabilidade do uso deste composto para remoção do EE2.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Rosa, Rita; Noronha, João
Contributor(s) RUN
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