Document details

Untying the knot in work-family balance: inequalities and capacities in Portugal and Spain

Author(s): Costa, Edna Sofia Falorca da

Date: 2018

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/49746

Origin: Repositório Institucional da UNL

Project/scholarship: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F85954%2F2012/PT;

Subject(s): Capability-Approach; Gender Equality; Portugal; Spain; Work-Family Balance; Reconciliation Policies; Job Quality; Gender Norms; Conciliação entre Trabalho e Família; Abordagem das Capacidades; Igualdade de Género; Políticas de Conciliação; Qualidade de Emprego; Normas de Género; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências Políticas


Description

This dissertation is concerned with the study of work-family balance in Portugal and Spain between the early nineties and 2012. This topic has been at the centre of political and academic debate in recent decades as the share of families with two working adults and small children have significantly increased in Western societies. As a result, traditional strategies for the articulation of the work and the family spheres have been put in question and claims for more gender balanced options have become widespread. In contrast with most west European countries, the Iberian democracies experienced the main transformations in the work and family spheres after a long period of right-wing authoritarian rule. This entails that changes occurred in opposition to the authoritarian legacy and alongside with the consolidation of similar civil, political, social and economic rights. Nonetheless, both countries do in fact present distinct patterns in work-family arrangements and this variation makes them a particularly relevant object of comparative research, still widely unexplored. This study conceptualizes strategies for work-family balance and the gendered variation they entail within a capabilities-based approach, thus seeking to understand the extent to which real, unconstrained choice is equally available for women and men. In the study of work-family balance this translates as the freedom to choose between labour market participation and care, which are defined as equally valuable options. Empirically, this involves the analysis of factors that operate at the individual, institutional and cultural levels and which shape capabilities for balancing work and care. This dissertation argues that women’s and men’s choices are bound up with the real opportunities they have to choose and therefore gender inequalities in capabilities may correspond to similar inequalities in the division of labour. Key findings show that globally the modernization of work-family arrangements between the early nineties and 2012 does correspond to a pattern of enhanced capabilities in the articulation of work and family in both countries. Notwithstanding, Spain displays greater imbalances in the division of work and care than the neighbouring country which reflect weaker institutional resources, namely at the policy level. In the case of Portugal, more motherhood-centred cultural values do not seem to constrain the participation of both women and men in the labour market as it coexists with a high value attributed to paid work. This study further emphasizes that gender inequalities in both facets of the work-family nexus are still visible in Portugal as in Spain. Indeed, capabilities for balancing work and care are not similar for women and for men and this imbalance has become especially evident in the institutional factors that support it.

A presente dissertação estuda a conciliação entre trabalho e família em Portugal e Espanha desde o início da década de noventa até 2012. Nas décadas mais recentes este tema tem estado no centro do debate político e académico perante o aumento significativo do número de famílias com filhos e com dois adultos ativos no mercado de trabalho. Como consequência, as estratégias tradicionais de articulação entre trabalho e família vêm sendo postas em causa e novas alternativas mais equilibradas em termos de género vêm sendo exigidas. Ao contrário da maior parte dos países europeus, as democracias ibéricas conheceram as principais transformações nas esferas do trabalho e da família após um longo período de governo autoritário de direita. Daqui decorre que estas mudanças ocorreram em oposição aos legados autoritários ao mesmo tempo que se consolidavam direitos civis, políticos, económicos e sociais. Todavia, os dois países apresentam padrões distintos de combinação entre trabalho e família e esta variação torna-os um objeto de comparação particularmente relevante e ainda muito sub-explorado. Este estudo conceptualiza as estratégias de conciliação e as respetivas variações de género a partir da abordagem das capacidades, procurando assim compreender em que medida uma escolha real e sem restrições é igualmente possível para mulheres e homens. No estudo da conciliação entre trabalho e família isto traduz-se na liberdade de escolha entre a participação no mercado de trabalho e a prestação de cuidados, sendo definidos enquanto opções com valor idêntico. Em termos empíricos, isto envolve a análise dos fatores que operam individuais, institucionais e culturais e que moldam as capacidades de conciliação. A presente dissertação argumenta que as escolhas de mulheres e homens estão ligadas às reais possibilidades de escolha que se lhes apresentam e, portanto, desigualdades de género ao nível das capacidades poderão corresponder a desigualdades na divisão do trabalho pago e não pago. Os principais resultados mostram que, de uma forma geral, a modernização dos padrões de combinação entre trabalho e família no período de análise corresponde, de facto, a um padrão de capacidades mais elevadas em ambos os países. Contudo, Espanha apresenta maiores desigualdades de género na divisão do trabalho que o país vizinho, refletindo recursos institucionais mais fracos, nomeadamente ao nível das políticas de conciliação. No caso português, os valores culturais mais maternalistas não representam um impedimento à participação de mulheres e homens no mercado de trabalho, uma vez que coexistem com uma forte valorização do trabalho pago. Este estudo vem ainda realçar a persistência das desigualdades de género nas esferas do trabalho e da família em ambos os países. Com efeito, as capacidades de conciliação não são semelhantes para as mulheres e para os homens e esta desigualdade é especialmente evidente nos fatores institucionais que as sustentam.

Document Type Doctoral thesis
Language English
Advisor(s) Branco, Rui; Guillén, Ana
Contributor(s) RUN
CC Licence
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents