Author(s): Martins, Inês Rôlo
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/6963
Origin: Repositório Institucional da UNL
Subject(s): Representação; Female fronted metal; Estatuto mulher-artista; Género; Segregação; Agenciamento; Metal
Author(s): Martins, Inês Rôlo
Date: 2011
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10362/6963
Origin: Repositório Institucional da UNL
Subject(s): Representação; Female fronted metal; Estatuto mulher-artista; Género; Segregação; Agenciamento; Metal
Esta dissertação tem como objectivo compreender quais as representações das artistas de metal na única revista portuguesa sobre este género musical, a LOUD!. No período entre 2009 e 2010, foram recolhidos oito números desta revista mensal. Foi traçado um perfil estatístico geral do conteúdo da revista e do corpus de 870 artigos (entrevistas, críticas a álbuns e críticas a concertos), tendo sido identificados e recolhidos 67 artigos que referem mulheres, os quais foram submetidos a análise de conteúdo. Este trabalho versa sobre a forma como duas construções se cruzam discursivamente: o género musical metal, enquanto reprodutor de uma ordem social de género (cf. Kallberg, 2001; Whiteley, 1997, 2000), e a sua subcultura ideologicamente masculina, que efectua a excrição do feminino (Walser, 1993); e as mulheres-artistas que criam e realizam performances de metal e que surgem associadas ao seu género (feminino). Enquadrando a experiência das mulheres como fonte de autoridade e autenticidade e, portanto, com capacidades de contestação face ao discurso hegemónico (Solie, 2001), partiu-se de uma crítica feminista das construções de género na música, para conhecer representações, lugares de fala, poderes e visibilidades das artistas de metal. O enfoque está na forma como se pode pensar a criação do complexo ideológico do female fronted metal – que designa grupos de música metal com mulheres a liderar ou com mulheres como frente ou imagem do projecto – com o objectivo que, aqui se propõe, de conter essas mesmas criações. A teorização sobre as tecnologias de género (de Lauretis, 1987) e o género como performatividade (Butler, 1990) fundam, aqui, uma desconstrução das imposições genderizadas que as mulheres enfrentam no campo da criação musical.
Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Estudos sobre as Mulheres