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Ideias e conhecimentos dos profissionais de saúde sobre o maltrato infantil

Author(s): Matos, Ana Teresa Correia de

Date: 2017

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.1/10445

Origin: Sapientia - Universidade do Algarve

Subject(s): Maltrato infantil; Abuso infantil; Profissionais de saúde; Médicos; Enfermeiras; Representações do maltrato infantil; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia


Description

Dissertação de mestrado, Psicologia Clínica e da Saúde, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2017

O maltrato infantil diz respeito a qualquer forma de abuso físico ou emocional, abuso sexual, negligência ou exploração que cause dano na saúde, desenvolvimento ou dignidade da criança. Os profissionais de saúde que trabalham diretamente com crianças e jovens, e que se deparam regularmente com casos de maltrato infantil, têm como objetivo a manutenção e restauração da saúde, através da prevenção ou cura de doenças, tendo, no caso do maltrato, a responsabilidade acrescida de reportar os casos e trabalhar com profissionais de outras áreas para conseguir obter um desfecho positivo que tenha sempre em vista o interesse maior da criança ou jovem. Este estudo teve como objetivo verificar qual as ideias e opiniões dos profissionais de medicida e enfermagem em relação ao maltrato infantil, verificando se este são capazes de identificar situações de maltrato, e qual a sua perceção em relação à gravidade e frequência das mesmas, procurando perceber se estes profissionais têm crenças relacionadas com este tema, e com que intensidade acreditam na sua verassidade. Por fim procurou-se perceber se as variáveis socioeconómicas influênciam a perceção do maltrato infantil. Para isso foi aplicado um questionário sobre as representações sociais do maltrato infantil na família. A amostra foi constituída por 50 profissionais de saúde, dos quais das quais 21 eram médicos e 29 enfermeiras. Os resultados sugerem que os profissionais de saúde são capazes de identificar situações de maltrato infantil, no entanto, existe uma tendência, comum aos dois grupos, em atribuir níveis de gravidade e frequência médios, sendo mais fácil para os profissionais identificarem o maltrato ativo grave e leve, provavelmente devido às marcas mais visíveis. Os médicos tendem a atribuir uma maior gravidade às situações. Quanto às crenças relativas ao maltrato infantil, não existem de forma isolada e que tanto os profissionais de medicina como os de enfermagem, identificam mais do que uma atribuem várias causas ao maltrato. Assim, embora os resultados do estudo não possam ser generalizados foi possível concluir que os profissionais de saúde conseguem reconhecer situações de maltrato infantil mas apresentam alguma dificuldade na denúncia dos mesmos devido às consequências que esta pode ter na sua vida pessoal e profissional. Por esta razão seria importante abordar este tema durante a formação académica dos profissionais para que estes se sintam seguros na identificação e denúncia dos casos de maltrato.

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Nunes, Cristina
Contributor(s) Sapientia
CC Licence
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