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Modulation of Microglial Activity by GDNF

Author(s): Tomé, Diogo Alexandre da Silva

Date: 2015

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/5963

Origin: uBibliorum

Subject(s): Doença de Parkinson; Gdnf; Gfra1; Microglia; Ncam; Neuroinflamação; Ret; Stress Oxidativo; Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências Biomédicas


Description

Parkinson’s disease (PD) is an age-related disease characterized by the degeneration of dopaminergic neurons in the substantia nigra pars compacta (SNpc). Increasing evidence suggests that inflammation and oxidative stress mediated by activated microglia, the resident immune cells of the central nervous system (CNS), play a critical role in dopaminergic neuronal loss and in the pathophysiology of PD. For this reason, it is crucial to understand the mechanisms capable of controlling microglial reactivity. Glial cell line-derived neurotrophic factor (GDNF), a potent neuroprotective factor for dopaminergic neurons, is able to inhibit the increase in the production of reactive oxygen species (ROS) and in the phagocytosis triggered by an inflammatory agent in midbrain microglial cells, but the mechanisms by which GDNF exerts its effects on microglia are still not completely understood. The control of microglia activation exerted by GDNF depends on GFRa1. However, the signalling mechanism mediated by this co-receptor can be coupled to the transmembrane RET tyrosine kinase or to the cell adhesion molecule NCAM. To elucidate which are the signalling pathways involved in the modulation of microglial activity by GDNF, the effect of GDNF on the activity of RET and of the NCAM target, the focal adhesion kinase (FAK), and the effect of FAK inhibition in GDNF action were evaluated. For these experiments, LPS-stimulated midbrain microglia cultures were used. GDNF was able to inhibit the increase in the number of phagocytic cells triggered by LPS in midbrain microglia cultures when FAK was inhibited. Furthermore, GDNF had no effect on FAK phosphorylation levels but it seems to prevent the decrease in RET phosphorylation levels induced by LPS. In order to determine possible changes in GDNF levels, or in the proteins associated with GDNF signal transduction in PD, an animal model of PD based on the intranigral injection of LPS was used. The results showed that exposure to LPS induces a significant reduction in the GFRa-1 levels in the injected SN. Taken together, these results suggest that the modulation of microglial activity by GDNF involves the receptor RET and not the cell adhesion molecule NCAM. Furthermore, the GDNF signalling may be impaired in PD due to low levels of GDNF co-receptor GFRa-1 in the SN of LPS-exposed animals.

A doença de Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum depois da doença de Alzheimer. É uma doença associada ao envelhecimento que afecta cerca de 0,3% da população nos países desenvolvidos. A sua principal característica patológica é a perda dos neurónios dopaminérgicos da substantia nigra pars compacta, ao nível do mesencéfalo, o que resulta numa diminuição de dopamina no estriado. Esta diminuição traduz-se principalmente em sintomas motores como tremor, bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural. No entanto, sintomas não motores como depressão, distúrbios no sono, alterações sensoriais e cognitivas são também característicos desta patologia. Apesar de a sua etiologia não ser conhecida, várias evidências indicam que a neuroinflamação, mediada pela microglia, pode ser um factor de risco para o início e progressão desta doença. A microglia activada desempenha várias funções essenciais à sobrevivência neuronal como a libertação de factores neurotróficos e anti-inflamatórios, imunidade inata e remoção de restos celulares tóxicos, mas, em certas situações, pode-se tornar nociva para os neurónios vizinhos devido à libertação em excesso de citocinas pro-inflamatórias e espécies reactivas de oxigénio e azoto. Por isso torna-se crucial tentar perceber quais os mecanismos capazes de regular a reactividade microglial. O factor neurotrófico derivado de uma linha de células da glia (GDNF), um potente factor protector para os neurónios dopaminérgicos, é capaz de inibir o aumento da libertação de espécies reactivas de oxigénio e a fagocitose induzido por um agente inflamatório em culturas de microglia do mesencéfalo ventral, mas os mecanismos moleculares subjacentes à sua acção permanecem desconhecidos. Sabe-se que este controlo da actividade microglial exercido pelo GDNF depende do GFRa1, no entanto a sinalização celular mediada por este co-receptor pode estar acoplada ao receptor transmembranar tirosina cinase RET ou à molécula de adesão celular NCAM. O complexo GDNF-GFRa1 pode interagir com o RET, levando à sua dimerização e subsequente transfosforilação do seu domínio tirosina cinase intracelular ou pode interagir com a molécula NCAM o que leva à fosforilação das cinases intracelulares Fyn e FAK. Para determinar qual a via de sinalização envolvida no controlo da actividade microglial pelo GDNF avaliou-se o efeito do GDNF na actividade do receptor RET e da proteína FAK e o efeito da inibição da FAK, logo da via do NCAM, na acção do GDNF. Para a realização das experiências, usaram-se culturas primárias de microglia do mesencéfalo ventral. O GDNF foi capaz de prevenir o aumento do número de células fagocíticas induzido pelo lipopolissacarídeo (LPS), quando a FAK estava inibida. Em concordância como estes resultados, o GDNF não teve qualquer efeito nos níveis de fosforilação da FAK, mas parece impedir a diminuição dos níveis de fosforilação do RET induzida pelo LPS o que indica que estabeleceu ligação com este receptor levando-o a sua fosforilação. Para verificar se existem alterações nos níveis de GDNF, ou nas proteínas envolvidas na sua via de sinalização, na doença de Parkinson recorreu-se a um modelo animal em que a degeneração dopaminérgica é induzida por injeção intranigral de LPS. Os resultados obtidos apontam para uma diminuição dos níveis de GFRa-1 na substantia nigra dos animais expostos ao LPS. Juntos, estes resultados indicam que o controlo da actividade microglial exercido pelo GDNF envolve o receptor RET e não a molécula de adesão celular NCAM. Os ensaios in vivo parecem sugerir um possível comprometimento da via de sinalização do GDNF na doença de Parkinson devido aos baixos níveis de GFRa-1 encontrados na substantia nigra dos animais injectados com LPS.

Document Type Master thesis
Language English
Advisor(s) Baltazar, Graça Maria Fernandes; Oliveira, Julieta Conceição Mendes Borges
Contributor(s) uBibliorum
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