Author(s): Barazi, Lawand Farid Omar
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/12105
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): automóvel; estacionamento; caminhar urbano; ruina; vegetação espontânea; cidade
Author(s): Barazi, Lawand Farid Omar
Date: 2016
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/12105
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): automóvel; estacionamento; caminhar urbano; ruina; vegetação espontânea; cidade
Mestrado em Arquitetura Paisagista - Instituto Superior de Agronomia - UL
A cidade contemporânea deixou pouco espaço livre para o homem e a vegetação. O que, principalmente nas últimas décadas, foi o principal objetivo das construções é a infraestrutura para servir o automóvel e o seu estacionamento. No entanto o caminhar urbano, tornou-se menos praticável, ajudado para o hábito de levar o carro. Assim, a cidade encheu-se de estradas onde os peões são ignorados, e encheu-se ainda mais de espaços onde estacionar o nosso principal meio de deslocamento, talvez levando os lugares do homem. O primeiro objectivo do trabalho desenvolvido quer olhar nestas problemáticas e propor, através a ativação de incentivos, uma nova mobilidade urbana que seja competidora do automóvel. Depois desta análise, desenvolve-se uma secção sobre a vegetação espontânea e a própria possibilidade de instalar-se na cidade. Uma visão que integra o tiers paysage no ambiente urbano como reuso dos espaços esquecidos da cidade: os vazios urbanos e as ruinas. Assim, poder pontuar o construído com vegetação só através dos recursos naturais. Estes vão defendidos como espaços cheios de futuro, possibilidade de lugar ainda livres no meio do gerido. Quer-se então, puxar o habitante a modelar a própria cidade, como ainda alguns lugares demonstram. O homem tem que voltar a uma consciência do lugar que habita, renderse criador e defender o espaço urbano como continuação da sua casa. Caminhar pela cidade deve voltar-se primeiro meio de deslocamento, como de descoberta do espaço: o caminho para uma nova paisagem espontânea que entra e modela a cidade do homem. Os tópicos tratados serão enfim a base para o desenvolvimento do projeto de planeamento da Rua do Olival, rua do centro convencional de Lisboa, contaminada pelo automóvel. Através desta proposta, o objetivo final é uma mudança radical dos usos da rua tomando em conta um período de transição obrigatório que não é previsível, mas que seria vantajoso começar a percorrer. A pesquisa quer ser o começo de uma via possível: uns apontamentos para a Cidade Espontânea