Author(s): Gregório, Rafaela Silva
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/14548
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): Gato; Diabetes Mellitus; Stresse; Cortisol; Fator de risco; Cat; Diabetes Mellitus; Stress; Risk factor
Author(s): Gregório, Rafaela Silva
Date: 2017
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/14548
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): Gato; Diabetes Mellitus; Stresse; Cortisol; Fator de risco; Cat; Diabetes Mellitus; Stress; Risk factor
Dissertação de Mestrado Integrado em Medicina Veterinária
A Diabetes Mellitus é a endocrinopatia mais comum nos gatos, tipicamente a tipo 2, sendo que sua prevalência tem aumentado, devido à mudança de hábitos alimentares e vidas sedentárias. A falta de ou aplicação de estímulos inadequados, pode conduzir a stresse, com consequente produção de cortisol. Se aquele for reiterado, os níveis desta hormona aumentam gradualmente, o que poderá levar à resistência à insulina. Sendo assim, esta dissertação teve como objetivo averiguar se o stresse poderá ser um factor de risco para a diabetes. Desta forma, foi feito um questionário, aplicado a tutores de gatos diabéticos e não diabéticos, onde se pode avaliar sobre a sobrexposição do gato a fatores ambientais, potencialmente stressantes. Obtiveram-se dados de 88 gatos (n=88) e os grupos dos diabéticos (n=22) e não diabéticos (n=66) foram comparados. Foi encontrada associação entre alguns fatores e a doença (p<0,05). Nesses casos, foi feita uma regressão logística que permitiu aferir sobre o risco de ter diabetes, através dos valores de Odds Ratio obtidos. Assim, concluiu-se que, alguns fatores, aumentam o risco de manifestar diabetes. Situações como a presença de outras doenças, a co-habitação com mais gatos e o serem acolhidos por reformados/desempregados, aumentam em 5 vezes a probabilidade de manifestar diabetes. Gatos sedentários e com excesso de peso têm 6 e 4 vezes mais probabilidade de vir a ter diabetes, respetivamente. Quando comparados com os que brincam 1-2h/dia, aqueles que o fazem 0h ou 30 minutos, têm, respetivamente, 5 e 4 vezes mais probabilidade de ter diabetes. O acesso ao exterior também parece influenciar, de tal forma que, gatos que passam entre 0 a 1 hora por dia no exterior, têm 6 vezes mais risco de ter diabetes, quando comparados com aqueles que despendem 1 a 5 horas no exterior. Habitarem em apartamentos também aumenta em 3 vezes o risco de doença. O número e localização de recursos também podem ter influência nesta doença. Assim, caixas de areia localizadas no corredor aumentam a probabilidade da diabetes ocorrer em 14 vezes e um número de bebedouros inferior ou igual ao número de gatos, aumenta 15 e 7 vezes o risco de ter diabetes, quando comparado com ambientes em que o número de bebedouros é superior ao número de gatos. Contrariamente, gatos activos, com acesso a sítios para trepar têm cerca de 1/10 da probabilidade de ter diabetes. Uma mudança de água diária, ao invés de semanal, também diminui para 1/5 a probabilidade de ter diabetes. Em suma, perante os resultados, é possível afirmar que o stresse poderá ser um factor de risco para a Diabetes Mellitus.
ABSTRACT - The relationship between the exposure to stressful factors and Diabetes Mellitus in cats - Diabetes Mellitus is the most common endocrinopathy in cats, generally the type 2. Its prevalence has been increasing, due to the changes in diet habits and sedentary lifestyles. The lack of stimuli or their inappropriate appliance can lead to stress, with consequent cortisol production. If the stress is reiterated, this hormone’s levels gradually increase, which can conduct to insulin resistance, hence diabetes. So, this dissertation had the goal to evaluate if stress can be a risk factor to diabetes. This way, a survey was made, questioning tutors of diabetic and non-diabetic cats, about the cat’s exposure to certain stressful factors. Data from 88 (n=88) cats was gathered, 22 diabetics (n=22) and 66 controls (n=66). The statistical analysis allowed to find an association between the disease and the factors (p<0,05). In these cases, a statistical regression was made, to evaluated the risk of having diabetes, through the values of Odds Ratio. Some factors indeed increase the chances of manifesting diabetes in cats. Among these are, the presence of other diseases and the co-habitation with other cats, that increases 5 times the odds. Inactive and overweight cats have 6 and 4 times more risk of diabetes, respectively. When compared with cats that play 1-2 hours per day, those who play 0 hours or only 30 minutes, have 5 and 4 times more odds of manifesting diabetes, respectively. Exterior environment can also influence the presence of this disease. It appears that cats that only spend 0 to 1 hour per day outside, have 6 times more risk of becoming diabetic, when compared to cats that spend 1 to 5 hours in the exterior. Living in apartments also rises the chances of having diabetes to 3 times. The number and localization of basic resources can influence diabetes too. Litter boxes stationed in passage areas, like halls, increase 14 times the probability of having the disease. A number of drinkers equal or inferior to the number of cats living in one place, can increment the risk of diabetes 15 and 7 times, respectively, when compared with houses where the number of drinkers is superior to the number of cats. On other hand, some factors can reduce the probabilities of occurrence of diabetes. Active cats with access to climbing places have 1/10 of the changes of manifesting diabetes. Changing the water daily, instead of weekly, can reduce the risk having this endocrine imbalance 5 times. Therefore, scouting the results, it is possible to conclude that stress can, indeed be a risk factor to Diabetes Mellitus.