Document details

(IN)Fertilidade e representações socias do corpo feminino

Author(s): Lemos, Patrícia Filipa Pacheco Antunes

Date: 2018

Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/14953

Origin: Repositório da UTL

Subject(s): Representações sociais do corpo; Auto-objetificação; Iliteracia corporal; Ciclo menstrual; Infertilidade; Menstruação; Body social representations; Self-objectification; Body iliteracy; Menstrual cycle; Infertility; Menstruation


Description

Dissertação de Mestrado em Sociedade, Risco e Saúde

A capacidade de gerar uma vida requer um estado de saúde reprodutiva favorável mas o conceito de "corpo" forma-se num contexto social e cultural pelo que a sua representação é influenciada pelos discursos e práticas sociais envolventes. O objetivo deste trabalho foi analisar como se constrói a representação do corpo feminino e de que forma esta condiciona os comportamentos das mulheres no âmbito da gestão da sua fertilidade e saúde reprodutiva. Com recurso a entrevistas em profundidade, levámos 15 mulheres a reconstituirem o seu percurso de vida fértil, para o analisar à luz dos conceitos de representação social e da auto-objectificação. Avaliámos o grau de conhecimento geral, o relacionamento com o corpo, a qualidade e a origem da informação recebida sobre a fertilidade e os fatores que nela interferem. Os resultados demonstraram que a auto-objetificação e os processos de distorção perpetuados pelo senso-comum criam distância entre a mulher e o entendimento do seu corpo físico. A iliteracia corporal apresenta-se como um duplo obstáculo à fecundidade: primeiramente, porque resulta no desconhecimento do funcionamento do ciclo menstrual e da janela fértil; depois, porque não permite às mulheres reconhecer os fatores de risco que interferem na sua capacidade reprodutiva e fertilidade.

The ability to conceive requires a favourable state of reproductive health but the concept of one's body is structured in a social and cultural context whereby its representation is influenced by social discourses and practices. The main goal of this study was to analyse how social representations of women's bodies are built and how they determine womens' behaviours towards their fertility and reproductive health management. Using depth interviews, we asked 15 women to recall and go through their past fertile years, analysing then their trajectories in the light of social representations and self-objectification concepts. General knowledge, body awareness, quality and sources of information on fertility and its risk factors were assessed. The results demonstrated that self-objectification and common sense distortions contribute to alienate women from their bodies. Body iliteracy presents itself as a double disadvantage concerning fertility purposes: firstly, because it leads to a general lack of knowledge concerning the menstrual cycle and the fertile window; secondly, because it doesn't allow women to acknowledge the risk factors that influence their reproductive health and fertility

Document Type Master thesis
Language Portuguese
Advisor(s) Fernandes, Ana
Contributor(s) Repositório da Universidade de Lisboa
facebook logo  linkedin logo  twitter logo 
mendeley logo

Related documents

No related documents