Author(s): Amorim, Ângela Cerqueira
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.6/734
Origin: uBibliorum
Subject(s): Epilepsia; Epilepsia Rolândica - Infância; Epilepsia Rolândica - Aspectos neuropsicológicos; Epilepsia Rolândica - Aspectos cognitivos; Epilepsia Rolândica - Quociente de inteligência; Epilepsia Rolândica - Aspectos comportamentais; Ondas centrotemporais
Benign childhood epilepsy with centro-temporal spikes is a form of epilepsy with no demonstrable anatomic lesion showing spontaneous remission. Seizure frequency is low, typically 2-5 total seizures, but also quite variable, ranging from a single lifetime episode to multiple seizures per day. The prognosis is excellent, with 98% of children outgrowing the disorder by puberty. Although the absence of cognitive deficits has always been considered a prerequisite for diagnosis of this illness, recent studies have revealed mild neuropsychological impairments in different areas, including language, attention, executive functions, memory, visuo-spatial orientation, and phonological processing. These cognitive deficits may be associated with learning difficulties and decline in school performance, which longitudinal studies have shown to be transitory in the majority of cases. The aims of this study were to assess the types of cognitive problems which may be encountered in this population, to evaluate the course of cognitive and learning capacities during the active phase of epilepsy, and to see if there was a correlation with paroxysmal activity on the electroencephalogram. The study combined retrospective neuropsychological and electroencephalografical results of 8 children presenting with typical benign partial epilepsy with Rolandic spikes and occipital spikes as well as the results of 5 children belonging to a hospital-based control group. In total, 13 children with ages ranging between 5 to 11 years were included and the following tests were carried out: anamnesis, neurological examination, electroencephalogram, and the Wechsler Intelligence Scale for Children or Wechsler Preschool and Primary Scale of Intelligence-Revised. As a result of this study’s various limitations, namely the limited sample size, no significant correlations were found between the factors connected to the epileptic nature of BECTS, such as the number of seizures, age of onset of the disease, CTS lateralization and the results in the neuropsychological tests. Therefore it remains to be shown whether these correlations exist, as the neurobiology of Rolandic discharges and their relationship to cognitive dysfunction and epilepsy require further study.
Epilepsia rolândica benigna da infância é um tipo de epilepsia sem lesão anatómica demonstrada que remete espontaneamente. A frequência das crises geralmente é baixa, tipicamente entre 2-5 crises em todo o percurso da doença, mas é uma doença muito variável, podendo ocorrer desde uma única crise na vida até multiplos episódios por dia. O prognóstico é excelente, com remissão da doença até à puberdade em 98% das crianças. Apesar da ausência de defeitos cognitivos ser considerada um pré-requisito para o diagnóstico da doença, estudos recentes revelaram défices neuropsicológicos ligeiros em várias áreas, incluíndo na linguagem, na atenção, nas funções executivas, na memória, na orientação visuo-espacial, e no processamento fonológico. Estes defeitos cognitivos podem ou não estar associados com dificuldades na aprendizagem e uma queda no desempenho escolar, existindo estudos longitudinais que demonstraram que estes defeitos são transitórios na maioria dos casos. Os objectivos deste estudo incluíram: determinar os tipos de problemas cognitivos que podem surgir nesta população, avaliar o curso das capacidades cognitivas e de aprendizagem na fase activa da doença, e definir se existe ou não uma correlação com a actividade paroxística no electroencefalograma. Este estudo comparou retrospectivamente os resultados neuropsicológicos e electroencefalográficos de 8 crianças com epilepsia típica benigna com pontas centrotemporais, com os resultados de 5 crianças constituíndo o grupo controlo. No total, 13 crianças com idades compreendidas entre os 5 e 11 anos foram incluídas no estudo, e subsequentemente fizeram-se as seguintes avaliações: anamnese, exame neurológico, electroencefalograma, e a Escala de Inteligênciade Wechsler para crianças – Terceira Edição ou a Escala de Inteligência de Weschler para a Idade Pré-Escolar e Primária – Edição Revista. Tendo em conta as limitações do estudo, não se encontrou correlação entre os aspectos relacionados com a natureza epileptiforme da epilepsia rolândica benigna, como o número de crises, a idade de instalação da doença e a lateralização das ondas centrotemporais com os resultados das avaliações neuropsicológicas realizadas. Contudo, permanence incerto se estas correlações existem, sendo necessária a realização de estudos futuros nesta área.
