Author(s): Botelho, Simão Silveira
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/2917
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): In-between; Doorway; Doorstep; Limiar; Threshold
Author(s): Botelho, Simão Silveira
Date: 2010
Persistent ID: http://hdl.handle.net/10400.5/2917
Origin: Repositório da UTL
Subject(s): In-between; Doorway; Doorstep; Limiar; Threshold
Tese de Mestrado em Arquitectura
O objectivo da presente dissertação é abordar questões relativas aos espaços de transição: a forma como podem tornar‐se decisivos ao incentivo do contacto e coesão social, contrariando a tendência actual para o isolamento dos cidadãos; enquanto elementos que preservam a privacidade dos espaços que interligam, controlando a passagem de ruídos, luz ou poluição, assim como intrusões físicas ou visuais. São aspectos centrais de análise o espaço público, as relações entre os espaços público e privado, bem como as articulações espaciais dentro dos edifícios. O enfoque é dado às zonas de passagem e circulação, frequentemente encaradas de forma simplista e redutora. Propõe‐se que esses espaços – as ruas, os corredores, os átrios ou as antecâmaras de acesso –, sejam pensados como locais de permanência de forma a facilitar os contactos inter‐pessoais e a incentivar o sentido de comunidade, mas também como válvulas que controlam o acesso e a qualidade ambiental dos espaços privados. Dá‐se especial relevância à hierarquização dos espaços de distribuição ‐ com o fim de formar grupos de convivência a diferentes escalas e proteger o ambiente privado –, bem como à apropriação privada dos espaços semi‐públicos enquanto estímulo à responsabilização pelas zonas comuns e ao sentimento de pertença social. O estudo é feito através da análise de obras teóricas de referência, de exemplos práticos e do projecto realizado no âmbito da tese, que engloba um Centro Multifuncional e uma Residência de Estudantes, em cuja concepção se deu especial atenção aos espaços de transição – as relações entre varandas e pátios, as ruas de convívio interiores, as antecâmaras de entrada e uma praça. De entre as principais conclusões a retirar do trabalho há que destacar a necessidade de o espaço público e os espaços de transição dos edifícios constituírem lugares de convívio e comunicação capazes de incentivar a vivência social.
The present dissertation focuses on transitional spaces: their imperative role as inductors of social contact and cohesion, striving against today’s tendency towards personal isolation; their function as elements that preserve the privacy of the spaces they connect, by controlling the noise, light or pollution intrusion as well as physical or visual incursion. The main aspects of analysis are the public space, the relation between private and public spaces, plus the spatial articulation inside the buildings. The highlight will be given to circulation zones, frequently considered in a simplistic and reductive manner. These spaces – the streets, hallways, atriums or access vestibules – are analyzed as permanence places that ease inter‐personal contact and kindle a community sense, but also as valves that control the access and environmental quality of private spaces. Special importance is given to the hierarchy of distributional spaces (in order to form interactive groups at different scales and protect private spaces) and to the private appropriation of semi‐public areas (as a stimulus to social bonding and to common spaces personal accountability). The theme is studied through the analysis of chief theoretical oeuvres, practical examples and the project conceived in the context of this thesis, which includes a Multifunctional Center and an Undergraduate Residence. It was designed giving special attention to transitional spaces – the relations between balconies and courtyards, the enclosed streets devoted to the blooming of interaction, the entrance vestibules and a square. This text’s main conclusion is that public space and transitional building spaces are fundamental as communication and interaction places that prevent social alienation and stimulate community bonding.