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A presença da obra de Rogério de Azevedo na fotografia de Teófilo Rego

Autor(es): PIMENTEL, Jorge Cunha

Data: 2015

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/10428

Origem: Escola Superior Artística do Porto

Projeto/bolsa: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/5876-PPCDTI/PTDC%2FATP-AQI%2F4805%2F2012/PT; info:eu-repo/grantAgreement/FCT/COMPETE/PTDC%2FATP-AQI%2F4805%2F2012/PT;

Assunto(s): Arquitectura Moderna; Teófilo Rego; Arquivo; Fotografia


Descrição

Quando em 1953 Carlos Ramos organiza a exposição de homenagem a Marques da Silva, procurava fixar uma genealogia da ESBAP, uma filiação entre diversas gerações, tanto pedagógica como arquitectónica. Tal exposição reunindo obras do Mestre e de 30 dos seus discípulos continha 120 fotografias realizadas por Teófilo Rego (1914-1993). Rogério de Azevedo fez-se representar por nove obras expressivamente representativas do seu trabalho desde o final dos anos 20 até meados da década de 40. Entre as várias fotografias expostas, as dos Edifícios do Jornal e da Garagem O Comércio do Porto revelam um (re)enquadramento centrado nos edifícios enquanto o céu dramatiza as imagens e a luz modela de forma clarificadora a composições dos alçados. São fotos com pouco chão mas com presença humana. Estão mais próximas do instantâneo que da foto de composição calculada e limpa. O mesmo se pode dizer das várias fotos realizados do Edifício Maurício Rialto ou do Hotel Infante de Sagres. Teófilo Rego interessa-se pelo espaço público, explora diferentes pontos de vista, diferentes lentes e até novos enquadramentos sobre os negativos realizados. Ao contrário de Domingos Alvão (1872-1946) e de Marques Abreu (1879-1958), representante de uma corrente naturalista/pictoralista que não manipulava negativos ou positivos, em Teófilo Rego a manipulação dos negativos e positivos e as impressões não respeitando a integralidade dos originais era praticada. O seu especial entendimento da volumetria e dos espaços, a atenção aos detalhes, sem no entanto estar confinado à preocupação de uma fotografia de ordem documental conducente aos estudos da arte é uma constante do seu trabalho. Não se esgota nas fotos realizadas para a exposição o encontro de Teófilo Rego com a obra de Rogério de Azevedo. No entanto, a exposição constitui o único momento em que talvez seja possível identificar uma relação profissional, se a houve, entre os dois.

Este texto foi co-financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia I.P. (PIDDAC) e pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional – FEDER, através do COMPETE – Programa Operacional Fatores de Competitividade (POFC), no âmbito do projecto "Fotografia, Arquitectura Moderna e a «Escola do Porto»: Interpretações em torno do Arquivo Teófilo Rego" (PTDC/ATP-AQI/4805/2012)

Tipo de Documento Capitulo
Idioma Português
Contribuidor(es) Repositório Comum
Licença CC
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