Autor(es):
Barroco, Ana Miguel Matos
Data: 2015
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/10971
Origem: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Assunto(s): Idoso; Gestão farmacoterapêutica; Medicamentos potencialmente inapropriados; Monitorização
Descrição
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
A população idosa tem vindo a crescer ao longo dos anos em consequência da diminuição da fecundidade, por emancipação da mulher, do aumento da esperança média de vida, por diminuição da mortalidade à nascença, e da emigração da sociedade portuguesa. O envelhecimento leva a modificações fisiológicas que conduzem ao desenvolvimento de diversas doenças e síndromes geriátricas, e que condicionam alterações farmacocinéticas e farmacodinâmicas, que tornam o comportamento dos fármacos difícil de prever. O idoso está, assim, associado ao aumento da prevalência de morbilidades e, consequentemente, ao elevado consumo de medicamentos, a denominada polimedicação. A polimedicação condiciona maior carga de iatrogenia, como o aumento da probabilidade de reacções adversas, de interações medicamentosas e das síndromes geriátricas. A polimedicação também promove a diminuição da adesão à terapêutica. Face ao exposto, torna-se obrigatório otimizar a gestão farmacoterapêutica no doente idoso, com a colaboração do farmacêutico. Neste processo, o farmacêutico, inserido numa equipa multidisciplinar, tem como objetivo analisar e assegurar uma terapêutica medicamentosa individualizada e apropriada para os doentes deste grupo etário. Entre outras atividades, o farmacêutico deve promover a formação do doente e do seu cuidador, auxiliando-os na melhoria da compreensão sobre a medicação e seus benefícios, por forma a melhorar a sua adesão à terapêutica. O farmacêutico tem como compromisso promover a monitorização terapêutica, avaliando a resposta do doente idoso à mesma, em relação à segurança e eficácia, Para a realização destas atividades, o farmacêutico tem que conhecer as especificidades fisiológicas que afetam a resposta farmacológica no idoso e quais as ferramentas, que foram desenvolvidas e se encontram validadas, que o ajudaram na persecução deste objetivo: procurando maximizar a qualidade de vida do doente idoso por via da utilização adequada dos medicamentos.