Autor(es):
Cunha, Ricardo Jorge Vicente
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/16290
Origem: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Assunto(s): Enfermagem em reabilitação; Lesão vertebro medular; Autocuidado; Tetraplegia
Descrição
Mestrado, Enfermagem de Reabilitação, 2014, Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
A lesão vertebro medular (LVM) surge como um acontecimento que tem enormes implicações nas funções vitais, sensorio-motoras e no Sistema Nervoso Autónomo. A pessoa com tetraplegia apresenta-se como o maior exemplo de alterações significativas causadas pela lesão medular. A transformação física da pessoa apresenta impactos a nível da funcionalidade, tendo repercussões na sua vida pessoal, social e, na maioria das vezes, para o resto da vida. A intervenção do Enfermeiro junto da pessoa com lesão medular é de grande abrangência e requer dos profissionais conhecimentos adequados à sua situação. O Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Reabilitação (EEER) apresenta competências que lhe permitem intervir junto da pessoa com tetraplegia devido a lesão medular em todas as suas fases, planificando e adequando as suas intervenções de forma a identificar os défices de autocuidado, maximizar as potencialidades da pessoa e prevenir possíveis complicações decorrentes. O objetivo deste relatório prende-se com a discussão, análise e reflexão sobre as atividades realizadas em contexto de estágio no sentido de aquisição de competências específicas como EEER. Durante este processo de aprendizagem foi realizada pesquisa bibliográfica sobre LVM, tetraplegia e intervenções de Enfermagem de Reabilitação. No sentido de complementar esta aquisição de competências foi desenvolvido um outro estágio na vertente da Reeducação Funcional Respiratória. A Teoria de Enfermagem que apresenta particular foco de atenção à pessoa com tetraplegia devido a LVM é a Teoria de Dorothea Orem, nomeadamente na sua Teoria do Défice do Autocuidado, uma vez que, assim como nesta teoria, na reabilitação a proposta é a participação ativa da pessoa no seu tratamento, incluindo a definição de metas para alcançar o maior nível possível de autonomia, independência e adaptação a esta nova realidade de vida.