Autor(es):
Faria, Verónica de Matos Fortuna Gamito de
Data: 2016
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/17560
Origem: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Assunto(s): Malária; Vetor; Parasitas; Tratamento; Recidivas; Resistências; Novos fármacos antimaláricos; Vacinas; Prevalência em Portugal
Descrição
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
A malária é uma doença infeciosa causada por parasitas do género Plasmodium que são transmitidos ao homem através da picada infetada do mosquito fêmea Anopheles. A distribuição desta doença vai depender da interação entre os vetores, os parasitas e o hospedeiro. Nas áreas endémicas desenvolve-se muitas vezes imunidade clínica. A primeira etapa de tratamento é a quimioprofilaxia com o objetivo de proteger o indivíduo e evitar a infeção. Pelo contrário, caso ocorra infeção parasitária são iniciados os tratamentos com base no tipo de malária. Cada tipo de infeção é determinado pelo estado físico e os sinais e sintomas que são visíveis na pessoa. O tratamento de 1ªlinha na malária não complicada é uma combinação de um derivado da artemisinina (ACT). Na malária severa o tratamento mais indicado é a administração de artesunato intravenoso ou intramuscular. É necessário dar especial atenção a alguns grupos de risco, tal como as crianças, grávidas e coinfetados com VIH ou Tuberculose. Os novos fármacos que estão em ensaios clínicos mostram-se muito promissores para combater muitas resistências dos parasitas aos antimaláricos. A vacina RTS,S/AS01 encontra-se em estudo, uma vez que apresenta baixa eficácia na proteção da doença. No entanto, estão em curso novas combinações de moléculas para a descoberta da vacina mais eficiente. As alterações climáticas aliadas à universalização do risco de malária importada de outros países onde é endémica apresentam-se como um fator de risco para a saúde pública. Assim, a vigilância da malária importada em Portugal é fundamental, considerando especialmente casos de subnotificação não quantificada, devido ao aumento das viagens internacionais e o recente aumento da migração para o nosso país.