Autor(es):
Bento, Mónica Figueiredo da Silva
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/18958
Origem: Escola Superior de Enfermagem de Lisboa
Assunto(s): Pessoa em situação critica; Vulnerabilidade; Cuidados intensivos; Unidade de terapia intensiva
Descrição
Este relatório decorre da concretização do projeto de estágio elaborado no âmbito do Mestrado em Enfermagem à Pessoa em Situação Crítica. Nele estão descritas as intervenções e atividades realizadas, através da prestação de cuidados, ao doente crítico e em falência multiorgânica, em contexto de Unidade de Cuidados Intensivos e Serviço de Urgência. A pessoa em situação crítica está frequentemente dependente de recursos, humanos e tecnológicos para manutenção das funções vitais (Regulamento nº124/2011 de 18 de Fevereiro, da Ordem dos Enfermeiros). Essa dependência torna-a suscetível a dano ou prejuízo por parte de outros. À vulnerabilidade substantiva, caracteristica intrínseca do humano, acresce a vulnerabilidade adjetiva que está associada a pessoas ou grupos particularmente frágeis, entre os quais os que se encontram em situação crítica. Este fato, impõe a obrigatoriedade ética da sua defesa, por se tratar de uma condição contingente e provisória, possível em ser mitigada (Neves, 2006). Aprender a encontrar os outros em diferentes estádios de vulnerabilidade, implica a aquisição de competências que requerem, como explicita Benner, abertura e aprendizagem experiencial, ao longo do tempo (Benner, 2001). Assim, o percurso de aprendizagem foi ancorado nesta autora e as competências foram desenvolvidas sobre os domínios da função de ajuda, do diagnóstico e vigilância, da administração de protocolos terpêuticos e em matéria de organização e distribuição de tarefas. Conhecer e atuar sobre os fatores de vulnerabilidade, nestes contextos, assume particular importância quando se ambiciona a melhoria da qualidade dos cuidados de enfermagem, com impacto na diminuição de sentimentos de stress, preocupação, medo, ansiedade, insegurança, dependência, dor, desconforto e solidão (Baumgarten & Poulsen, 2015; McKinley, Nagy, Stein-Parbury, Bramwell, & Hudson, 2002).