Autor(es):
Santos, Beatriz Gonçalves Quinta dos
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/19955
Origem: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Assunto(s): Farmacogenética; Otimização terapêutica; Variabilidade genética; Oncologia
Descrição
Dissertação para obtenção do grau de Mestre no Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz
A Farmacogenética é a ciência que permite a otimização dos regimes terapêuticos, em termos de segurança e efetividade, com base nas características genéticas dos doentes. Cada vez mais os cuidados em saúde estão centrados nos doentes e as novas abordagens estão mais direcionadas para atuarem de acordo com as características individuais destes, com o objetivo de garantir uma melhor qualidade de vida aos doentes, proporcionando-lhes tratamentos mais sofisticados e efetivos. A realização de testes farmacogenéticos permite identificar polimorfismos genéticos que influenciam o sucesso de uma terapêutica; através da administração de tratamentos personalizados é possível aumentar a taxa de resposta e diminuir a ocorrência de reações adversas, com o, consequente, aumento de adesão. A rápida proliferação das células cancerígenas e a gravidade dos sintomas tornaram a oncologia numa das áreas preferenciais para a aplicação dos testes farmacogenéticos; é fundamental que o medicamento administrado seja o correto. A existência de mutações somáticas ou germinativas impedem que alguns fármacos não sejam efetivos ou seguros. Sendo estes resultados previsíveis, é fundamental a realização de testes farmacogenéticos que determinem tais polimorfismos previamente à instituição das terapêuticas. Existem alguns obstáculos que impedem a implementação da Farmacogenética na prática clínica, nomeadamente as questões éticas subjacentes à realização dos testes farmacogenéticos, a falta de evidência que suporte as suas vantagens ou ainda o elevado investimento económico. É fundamental estabelecer metas e novos desafios que permitam incluir esta abordagem terapêutica inovadora como parte imprescindível da farmacoterapia quer em ambiente hospitalar, quer em ambulatório. Dada a sua formação extensa e abrangente nas ciências do medicamento, os farmacêuticos assumem um papel bastante importante no aconselhamento sobre farmacoterapia aos clínicos e doentes. Cada vez com maior relevo, os conhecimentos científicos que permitem a personalização da terapêutica, como a farmacogenética e a farmacodinâmica e farmacocinética, devem ser apreendidos e aplicados pelos farmacêuticos clínicos em prole do aumento da qualidade de vida do doente, por intermédio de uma maior eficácia e segurança dos medicamentos.