Autor(es): Carvalho, Inês da Silva Vieira Nunes de
Data: 2015
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/9525
Origem: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Assunto(s): Diabetes Mellitus tipo 1; HLA; CTLA4
Autor(es): Carvalho, Inês da Silva Vieira Nunes de
Data: 2015
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/9525
Origem: Egas Moniz - Cooperativa de Ensino Superior, CRL
Assunto(s): Diabetes Mellitus tipo 1; HLA; CTLA4
Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Biologia Molecular em Saúde.
Escola Superior de Saúde Egas Moniz.
A Diabetes Mellitus tipo 1 (DMT1) é uma desordem metabólica de etiologia múltipla, caracterizada pela destruição autoimune de células β das ilhotas de Langerhans pancreáticas. Não há cura para esta doença e as complicações a longo prazo podem causar incapacidade grave, diminuindo a esperança média de vida. A sua etiologia exata e patogénese ainda são desconhecidas. Com este estudo pretendeu-se verificar se o Single Nucleotide Polymorphism (SNP) A49G no gene CTLA4 está associado à suscetibilidade para o desenvolvimento da DMT1 na população madeirense. Para tal, através da técnica de Restriction Fragment Length Polymorphism caracterizaram-se 81 amostras de doentes e 98 de controlos para este polimorfismo, procedendo à sua análise estatística e incluindo dados previamente existentes para os genes HLA-DQA1, HLA-DQB1 e HLA-DRB1.
O presente estudo não permitiu confirmar a existência de uma associação entre o SNP A49G CTLA4 e o desenvolvimento da DMT1 nas análises efetuadas apenas com este polimorfismo. Contrariamente, os haplotipos HLA DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:01 (RE1), DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:02 (RE2) e DQA1*05:01-DQB1*02:01-DRB1*03:01 (RE4) revelaram-se significativamente mais prevalentes nos doentes e apresentaram valores que confirmam a sua associação ao aumento do risco de desenvolver a DMT1 na população madeirense. Os haplotipos HLA RE1 e RE4 apresentam diferenças significativas na sua associação com o genótipo AA do SNP A49G CTLA4, e no que diz respeito à associação do genótipo heterozigótico (AG) aos haplotipos HLA de risco apenas os RE3 (DQA1*03:01-DQB1*03:02-DRB1*04:05) (p=0,01255) e RE4 (p=0,00317) apresentam diferenças significativas entre doentes e controlos, embora o primeiro possua um OR (0,037) indicador de proteção. Nesse sentido, a identificação da influência do genótipo AG na redução do risco conferido pelos haplotipos HLA RE3 e RE4 no desenvolvimento da DMT1 na população madeirense revela-se um contributo importante para o acompanhamento clínico de crianças de risco para o desenvolvimento de DMT1. Futuros estudos deverão ser desenvolvidos no sentido de permitir o esclarecimento dos resultados encontrados, sendo importante proceder ao aumento da amostra e à inclusão de outros marcadores genéticos.