Autor(es): Santos, Fernanda
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/9726
Origem: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Assunto(s): Maus-tratos infantis; Papel do enfermeiro
Autor(es): Santos, Fernanda
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.26/9726
Origem: Escola Superior de Enfermagem do Porto
Assunto(s): Maus-tratos infantis; Papel do enfermeiro
Os abusos perpetuados contra crianças e adolescentes são uma realidade que põe em perigo a sua saúde física e mental, comprometendo, a qualidade de vida e bem-estar quer no presente, quer no futuro, uma vez que deixam sequelas graves e, frequentemente, irreversíveis. A presente investigação teve como objetivo identificar as práticas, comportamentos, conhecimentos e necessidades formativas dos enfermeiros do ACES Grande Porto VII- Gaia face ao abuso infantil. Realizou-se um estudo exploratório, descritivo e correlacional, no qual participaram 91 enfermeiros. A colheita de dados foi realizada entre fevereiro e março de 2013, através de um questionário de autopreenchimento. Os resultados demonstram que os enfermeiros realizam melhores práticas à criança/adolescente vítima de abuso ao nível da intervenção precoce na criança e família de risco. A Promoção do bem-estar e segurança da criança, foi o que contribuiu menos para as boas práticas. A maioria dos enfermeiros, contactou com crianças/adolescentes vítimas de abuso durante a atividade profissional, e as situações de perigo mais identificadas foram negligência, disfunção parental/familiar, suspeita de abuso sexual e abuso físico. Dos comportamentos passíveis de serem implementados foram o encaminhar para os técnicos de serviço social, médico de família e avaliar/monitorizar os comportamentos da criança. A maioria dos enfermeiros que denunciaram a situação utilizou o relatório descritivo. Realça-se que a maioria dos enfermeiros referiu desconhecer a existência de documentos identificadores para famílias de risco na sua unidade e do manual de procedimentos para situações de abuso. A maioria dos enfermeiros não possui formação específica na área do abuso infantil e expressaram muito interesse em obtê-la. Os que demonstraram interesse em fazer formação, selecionaram como conteúdo o diagnóstico do abuso, programa de intervenção familiar e enquadramento legal.