Autor(es):
Góis, Daniela Cristina Baião
Data: 2017
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/20.500.12207/4706
Origem: Repositório Institucional do IPBeja
Assunto(s): Cuidadores informais; Suporte familiar; Bem-estar subjetivo; Prestação de cuidados; Velhice; Dependência
Descrição
A presente investigação teve como principal objetivo compreender o impacto psicossocial da prestação de cuidados no bem-estar subjetivo dos cuidadores informais de idosos (dependentes), no contexto da organização familiar contemporânea. Para tal, e com o intuito de atingir o objetivo, a amostra não aleatória por conveniência, foi constituída por dez unidades amostrais recolhidas na valência de Serviço de Apoio Domiciliário da Santa Casa da Misericórdia de Portel. Esta amostra não intencional caraterizou-se por cinco participantes ativos profissionalmente e os outros que constituíam o grupo dos reformados. Através desta divisão, e através de uma metodologia quanti-qualitativa pode-se concluir que em todos os instrumentos utilizados (entrevista semiestruturada, SWLS e PANAS VRP) os participantes que construíam o grupo dos ativos profissionalmente apresentaram resultados menos favoráveis que os cuidadores do grupo dos reformados. Considerando os resultados obtidos, os mesmos podem ser justificados pelo facto de aos cuidadores informais ativos profissionalmente, onde a predominância recai no género feminino, estar associada uma multiplicidade de tarefas que lhe estão incumbidas na sua rotina cotidiana, nomeadamente pelo facto de haver novas organizações familiares, onde a mulher aparece com um papel fortalecido na sociedade, devido à sua emancipação social e sexual. Contudo, apesar do estatuto mais igualitário entre géneros, a mulher continua mais sobrecarregada, concluindo-se também que as novas formas de organização familiar influenciam negativamente a avaliação global que os indivíduos realizam sobre a sua vida. Face ao explanado, foi delineada uma proposta de um projeto de intervenção, o qual tem o intuito de contribuir para o bem-estar subjetivo dos cuidadores informais, sobretudo, os que se encontram em idade ativa, bem como para o apoio e valorização destes, através de uma intervenção pluridisciplinar, assente nos valores da parceria e do respeito pela dignidade humana.