Autor(es): António, Sapalo
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/8804
Origem: Repositório ISCTE
Assunto(s): Privatização -- Privatization; Gestão de empresas; Gestão; Estratégia de Investimento
Autor(es): António, Sapalo
Data: 2014
Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10071/8804
Origem: Repositório ISCTE
Assunto(s): Privatização -- Privatization; Gestão de empresas; Gestão; Estratégia de Investimento
Angola libertou-se da colonização portuguesa a 11 de Novembro de 1975, iniciando-se nessa fase um conjunto de políticas governativas enfatizadas em reformas económicas ligadas à nacionalização e confisco de empresas cujos proprietários haviam abandonado o país na sequência da turbulenta situação político-militar vivida no país. O monopólio económico e empresarial entretanto assumido pelo governo pós-independência, procurou por um lado, produzir um conjunto de linhas orientadoras que passaram a reger toda a atividade politica, militar e administrativa da sua estrutura, e por outro, produzir a partir das empresas entretanto nacionalizadas, um conjunto de bens essenciais e necessários à melhoria das condições de vida dos cidadãos e assegurar simultaneamente o apoio económico ao período pós-guerra, ainda que este objetivo não correspondesse minimamente aos pressupostos inicialmente previstos. A intensidade do conflito armado vivido ao longo de décadas inviabilizou por completo a produção de bens, o que por conseguinte gerou o colapso de todo o comércio e das consequentes trocas que daqui resultam, reproduzindo-se isto num PIB manifestamente reduzido, assegurado fundamentalmente por empresas com baixas taxas de rentabilidade e com grande ineficiência produtiva. As transformações vividas na década de 1980, a partir da queda dos blocos comunistas na Europa Central, trouxeram no entanto um novo contexto ao mercado empresarial Angolano, preconizando uma época de redimensionamento empresarial enfatizada em processos privatizacionais para dinamização da sua economia, o que no entanto degenerou no desmoronamento da sua rede empresarial, comercial, agrícola e essencialmente industrial. Desta forma, a tese aqui apresentada procurará identificar as causas de insucesso que estiveram inerentes a estes processos de privatização, assim como as respetivas sugestões que possam ser equacionadas em futuros processos desta índole para construção de uma estrutura empresarial Angolana mais consistente em termos económicos e empresariais.