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A escrita de Ilse Losa para a infância e a juventude

Autor(es): Macedo, Ana Cristina Vasconcelos Pereira

Data: 2015

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.3/3631

Origem: Repositório da Universidade dos Açores

Assunto(s): Ilse Losa (1913-2006); Literatura Infantil; Literatura Portuguesa; Domínio/Área Científica::Humanidades::Línguas e Literaturas


Descrição

Tese de Doutoramento, Estudos Portugueses, 15 de Setembro de 2015, Universidade dos Açores.

[…]. Em termos estruturais, o nosso trabalho apresenta seis secções. Na primeira, de caráter panorâmico e informativo, damos conta dos principais momentos da vida da Escritora, tendo sido nossa preocupação evitar excessos biografistas e considerar tão somente aspetos que enformam uma vivência histórica e sociocultural que permite um circuito de leitura aberto que vai «de l’oeuvre à l’auteur, pour se rétourner sur l’oeuvre, et non de l’auteur à l’oeuvre, pour se renfermer sur l’auteur» (Doubrovsky, 1966, p. 220). Neste primeiro apartado, dedicamos ainda um espaço à apresentação global da Obra de Ilse Losa, considerando quer as narrativas de ficção para adultos quer a sua obra pedagógica e, ainda, a participação da Autora na vida cultural portuguesa e alemã, manifestada, esta última, pela intensa colaboração na imprensa periódica nacional e pelo trabalho de tradução do sistema linguístico português para o alemão e vice-versa; na segunda secção, o romance inaugural da Autora é objeto de uma leitura crítica que incide, numa primeira etapa, sobre a inscrição e a significação da voz enunciadora do discurso sobre o exílio e os obstáculos concetuais que inviabilizam uma classificação autobiográfica do romance que inaugurou a sua atividade de escrita em 1949 – O Mundo em que Vivi. Pela importância de que se reveste este livro na Obra literária da Escritora, pela novidade temática e pelo caráter ambivalente do texto em termos de receção, exploramos as condições estéticas e culturais que terão contribuído para a transposição do romance do sistema da literatura para adultos para o sistema infantil, num movimento a que Sandra Lee Beckett (2009) designou por crossover fiction; no terceiro capítulo, analisamos e interpretamos a obra narrativa de Ilse Losa para a infância e a juventude, que dividimos em narrativas de contornos realistas e de contornos fantásticos, de acordo com o maior ou menor grau de figuração ou representação literária do «real», isto é, de acordo com a relação de credibilidade que o mundo de papel estabelece com o mundo empírico do escritor e do leitor e com os mecanismos (internos e externos ao texto) de reconhecimento ou de rejeição dessa relação entre mundos; numa quarta secção, consideramos os textos dramáticos. O último capítulo, de pendor hermenêutico, que denominamos «lugar de Ilse Losa na literatura para a infância e a juventude em Portugal», constitui uma sistematização dos diferentes núcleos de sentido (técnico-compositivo, temático e ideológico) que constituem os textos analisados e suas relações. Esta sistematização objetiva a confirmação dos aspetos estético-literários e dos mecanismos e situações sincrónicas de produção dos textos que nos levam a considerar a Obra de Ilse Losa participante da corrente estética neorrealista. […]. [da Introdução]

Tipo de Documento Tese de doutoramento
Idioma Português
Orientador(es) Silva, Maria Madalena Marcos Carlos Teixeira da; Gomes, José António de Magalhães
Contribuidor(es) Repositório da Universidade dos Açores
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