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Reabilitação e desinstitucionalização de pessoas com incapacidade psicossocial

Autor(es): Rodrigues, Fernando António da Trindade

Data: 2014

Identificador Persistente: http://hdl.handle.net/10400.14/15749

Origem: Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa

Assunto(s): Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde


Descrição

As políticas atuais contestam a institucionalização de doentes de evolução prolongada, sendo a desinstitucionalização e reabilitação uma prioridade, mudando o paradigma Nacional para uma vertente comunitária, ou seja, a maneira de encarar a doença mental evoluiu ao longo dos tempos, da exclusão até à abordagem comunitária. Neste contexto o enfermeiro especialista de saúde mental e psiquiátrica tem um papel decisivo na reabilitação e encontra-se capacitado para o acompanhamento individual, auxiliando o utente/família a desenvolver competências sociais e de atividades de vida, tendo em vista a sua autonomia e reinserção social. Este trabalho surge como prioritário para evidenciar que é possível uma desinstitucionalização de utentes de evolução prolongada, com qualidade e sucesso, quando submetido a uma planificação e acompanhamento personalizado Nesta perspectiva, foi aplicado um conjunto de técnicas (técnicas de relação de ajuda, de escuta activa, de treino de memória, de resolução de problemas, de mostrar disponibilidade, de treino de competências sociais, terapia de orientação para a realidade, terapia da reminiscência, terapia da validação) a dois doentes do sexo masculino com idades superiores a 65 anos, reformados, a receber pensão social, sem suporte familiar, com patologia psicótica (esquizofrenia), internados na UDEP há pelo menos 25 anos, tendo em vista a reabilitação e a desinstitucionalização dos mesmos. Com esta metodologia observou-se que os utentes beneficiaram de uma melhor qualidade assistencial e de vida, contribuindo assim para o desenvolvimento de um programa de desinstitucionalização a executar na UDEP, assegurando a continuidade de qualidade assistencial e de vida dos mesmos.

Nowadays’ policies contest the institutionalization of chronically ill psychiatric patients, whereas deinstitutionalization and rehabilitation becomes a priority, by changing the national model into a community centered intervention; the way of facing mental illness evolved through the years, from exclusion until a community based approach. In this context the Mental Health and Psychiatric Specialist Nurse has a decisive role in the rehabilitation process and is capacitated for the individual monitoring of patients, helping the patient/family to develop social skills and daily life skills towards autonomy and social inclusion. This work results as a priority in order to show evidence that it is possible to deinstitutionalize chronically ill psychiatric patients with quality and success, when there is a careful planning and a personalized monitoring. In this perspective a set of techniques was applied (aid relationship, active listening, memory training, problem solving, showing availability, social skills training, reality oriented therapy, reminiscence therapy) to two male patients over 65 years old, retired, earning a social pension, without family support, with psychotic pathology (schizophrenia), inpatients in UDEP for at least 25 years, regarding their rehabilitation and their deinstitutionalization processes. With this methodology, it was noted that patients have benefited of a better quality of care and life, thereby contributing for the development of a deinstitutionalization program running in UDEP, ensuring the continuity of care and life quality for the patients.

Tipo de Documento Dissertação de mestrado
Idioma Português
Orientador(es) Santos, Alexandra Sarreira
Contribuidor(es) Veritati - Repositório Institucional da Universidade Católica Portuguesa
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